2º Livro de Atas da Câmara Municipal de Piracicaba. Os registros do livro se estendem de 5 de dezembro de 1827 até 28 de fevereiro de 1829. Os documentos tratam de assuntos ligados à organização e administração da Vila da Constituição, como eleição, abertura de pelouros, nomeação de funcionários e cargos de poder e questões ligadas à divisas da Vila.
UntitledA Câmara Municipal de Piracicaba foi criada em 1822, em decorrência de um ato do Governo Provisório de São Paulo, no qual a Freguesia de Santo Antônio de Piracicaba foi erigida à categoria de Vila, recebendo o nome de Vila Nova da Constituição. Por isso, era necessária a votação geral para ser eleito o colégio eleitoral: 6 homens que elegeriam os vereadores, juízes e procurador que representariam a Vila Nova da Constituição. Assim, foi formada a Câmara de Piracicaba no dia 10 de agosto de 1822.
O livro apresenta a votação e abertura de pelouros desde 1822 até 1832. Entretanto, em suas últimas páginas foi usado em outro período como registro de títulos e de pedidos de naturalizações, que não estão presentes nessa série, mas serão disponibilizados em momento oportuno de acordo com o seu tema.
Os pelouros, ou ordenação de pelouros, era um sistema eleitoral usado no Brasil desde a colonização dos portugueses. Nesse sistema eram escolhidos os juízes, vereadores e procurador por meio de eleições muito restritas. No primeiro momento desse processo havia uma eleição mais geral, onde eram escolhidos os eleitores: seis homem que constituíam o colégio eleitoral, que no segundo momento, escolhiam os possíveis ocupadores dos cargos oficiais. Assim, esses eleitores elegiam os nomes para os cargos, que eram escritos em uma tira de papel e guardados em uma pequena bola de cera do cargo determinado (essas bolas eram conhecidos como pelouros) e depois em sacos que eram depositados dentro de um cofre. Assim, no fim do ano o povo era chamado para assistir a cerimônia e abertura dos pelouros para descobrir quem seriam os novos vereadores, juízes e procurador da Vila ou cidade.
(A capital da Solidão - Uma história de São Paulo das origens a 1900. Roberto Pompeu de Toledo).
Os documentos são registros dos ritos eleitorais do período que se estende de 1833 a 1845, em tais começam as mudanças na ordenação de pelouros, para uma conjuntura mais semelhante as eleições tradicionais. Entre os temas e assuntos destaca-se a eleição do Regente Imperial.
Os documentos da subsérie LIVRO DE OFÍCIOS (1829-1839) - (BR SPCVP CMP OF OF01) apresentam os registros das correspondências recebidas e enviadas pela Câmara Municipal de Piracicaba (ou Câmara da Vila da Constituição), entre os anos de 1829 a 1839
Os documentos da subsérie "Termos de Posse" apresentam os registros dos autos de posse e juramentos dos empregados públicos de Piracicaba, então Vila da Constituição, dos anos de 1830 a 1859, como fiscais, juízes, inspetores e vereadores. Destacam-se os termos de posse dos prefeitos Francisco José Machado e Manoel de Toledo Silva.
Livro de Leis e Resoluções (nº1 -1892 a 1903) da Câmara Municipal de Piracicaba.
Livro de Leis e Resoluções (nº2 -1903 a 1909) da Câmara Municipal de Piracicaba.
A subsérie "FA-1999" é composta por registros feitos no ano de 1999, de diferentes locais do município de Piracicaba, em decorrência das funções de Fiscalização e o Assessoramento. Os vereadores são responsáveis por fiscalizar a administração e também por sugerir medidas de interesse público ao Executivo, o que acarreta em visitas a locais, ruas e bairros, e consequentemente, registros fotográficos.
Registro da solenidade de entrega de títulos, ocorrida em 23 de dezembro de 1968, no Teatro São José. Entre os homenageados identificados estão: Padre Jorge Simão Miguel (Cidadão Piracicabano - decreto nº06/1968); José Salvador Julianelli (Cidadão Piracicabano - decreto nº12/1968); Ermor Zambello (Piracicabanus Praeclarus - decreto nº15/1968); Krunislave Antônio Nóbilo (Cidadão Piracicabano - decreto nº08/1968), Cônego Luiz Gonzaga Juliani (Cidadão Piracicabano - decreto nº16/1968); Felisberto Pinto Monteiro (Cidadão Piracicabano - decreto nº17/1968)
Fotografias, de autoria do repórter fotográfico Davi Negri, que registram o jogo de futebol (partida beneficente) entre a seleção italiana e o time “Clube Alético Piracicabano”, em 1987.
No ano em questão acontecia a 1º edição da chamada “Copa Pelé”, um mundialito de futebol de masterns*, que, a título de curiosidade, neste primeira edição teve narração do conhecido locutor Luciano do Valle, com Pelé jogando alguns minutos pela Seleção Brasileira e a campeã do torneio foi a seleção Argentina.
Uma das seleções participantes era a italiana, e um importante intermediador possibilitou o encontro dos times da Itália e de Piracicaba – o ex-jogador Mazzola.
José João Altafini, mais conhecido como Mazzola, é um piracicabano, nascido em 24 de julho de 1938, eternizado como um dos grandes jogadores no futebol tanto brasileiro como italiano, chegando a atuar nas seleções dos dois países, inclusive fazendo parte do elenco que trouxe o primeiro título mundial ao Brasil em 1958.
Mazolla iniciou sua carreira no já extinto Clube Atlético Piracicabano de Futebol, e foi dele a iniciativa de unir a seleção Master Italiana, que estava no Brasil por causa da já citada Copa Pelé, e o time piracicabano, que seria composto por jogadores na ativa, aposentados e de outros times, mas que já haviam atuado no Atlético ou em times piracicabanos.
O amistoso beneficente teve lugar no Estádio Barão da Serra Negra, e contou com a presença de diferentes autoridades, jogadores e personalidades de renome do esporte, entre eles: Paulo Roberto Falcão, Armando Dedini, Ailton Luis, Tarcisio Mascarin, Paulinho Massariol, Jorginho Putinatti, Eder Aleixo, Bérgamo e Paulo Roberto Falcão. Na partida, o ítalo-brasileiro Mazolla, jogou metade do tempo pelo atlético e outra metade pela seleção italiana
*Futebol de Masters são times compostas por jogadores com idade, geralmente, superior a 35 anos, em que muitos não mais atuavam profissionalmente no esporte