Eleições de um juiz e de um procurador da Câmara. Documento escrito e assinado pelo escrivão Francisco José Machado. Também foi assinado por Manoel de Toledo Silva, João Leite de [...?], Garcia Rosa Bueno, José de Castro e Luciano Ribeiro Passos.
Eleição de pelouros para votarem nos oficiais da Câmara, com lista de eleitores e juramento dos mesmos. A eleição ocorreu na casa do ministro. O documento foi escrito e assinado pelo escrivão José Manoel Lobo. Saíram para eleitores: o Capitão Domingos Soares de Barros, Capitão mor João Jose da Silva, Carlos Jose Botelho, Luciano Ribeiro Passos, Vicente de Campos, o Alferes Miguel Antonio.
Eleição de pelouros da Justiça e mais oficiais da Câmara, com lista de votos para definir o novo grupo de eleitores e juramento dos mesmos. Saindo para eleitores o Capitão Mor João José da Silva, o Sargento Mor Domingos Soares de Barros, o Sargento Mor Estevão Cardoso de Negreiros, o Alferes José Vas Pinto, o Capitão Manoel de Toledo Silva e o Capitão Miguel Antonio Gonçalves.
Documento escrito e assinado pelo escrivão João Baptista de Siqueira.
Eleição para dois juízes ordinários para substituir José Vas Pinto que faleceu e o Capitão Manoel Ferraz de Campos enfermo, foram eleitos Sargento Mor Domingos Soares de Barros e Manoel de Barros Ferras.
Documento escrito e assinado pelo escrivão João Baptista de Siqueira. Também foi assinado por Joze Joaquim da Silva, Jose Leme de Oliveira, Joaquim Arruda de Camargo, Antonio Fienza de Almeida e Vicente d’Amaral Gorgel.
Eleição para Juiz de Órfãos, com lista de eleição, sendo eleito Luciano Ribeiro Passos.
Documento escrito e assinado pelo escrivão João Baptista de Siqueira. Também foi assinado por Jose Joaquim da Silva, Jose Leme, Joaquim Aranha de Camargo, Antonio França de Almeida e Vicente d’Amaral Gorgel.
Ata da reunião de 24 de janeiro de 1829, realizada na casa do juiz presidente, na qual, oficializaram os Juízes de Paz da Capela de Santa Barbara e da Capela do Ribeirão Claro para que se fizesse publicar edital para as eleições. Na mesma deram posse ao escrivão da Câmara Jose Rodrigues de Cerqueira César e arremataram as aferições da Vila a Joaquim Marcelino da Rocha e seu fiador Manoel José Machado.
Documento registrado pelo escrivão Manoel Anselmo de Souza e assinado por: Gonçalves, Canto, Camargo, Silva e Gorgel.
Ata da reunião de 28 de fevereiro de 1831, onde houve Sessão Extraordinária pelo motivo do requerimento apresentado com despacho do presidente da província recomendando a nomeação de Juiz de Paz na Capela de Limeira. Tomou-se as providencias para a realização das primeiras eleições na Capela de Limeira, a cujo pároco foi oficiado, no sentido que rezasse a missa e afixasse na porta da matriz a lista de pessoas que pudessem votar e ser votadas.
Documento registrado e escrito pelo Secretario Francisco Florencio do Amaral e assinado por Roza, Fiuza, Passos, Gorgel e Silva.
Ata da reunião extraordinária de 17 de setembro de 1840, onde tratou-se sobre: fizeram a apuração das cédulas para vereadores, lendo nomes e contagem dos votos e lacraram em um saco de olanda para serem guardadas no arquivo da Câmara até o ano de 1844, onde os vereadores nomeados vão servir. Finalizaram lendo uma portaria do presidente da Província marcando o dia 12 de outubro para as eleições de eleitores, e as eleições de deputados gerais.
Documento redigido pelo secretario Jose Lopes de Siqueira e assinado por: Jose Alvares de Castro; João Carlos da Cunha; Francisco de Toledo e Silva; Joaquim de Marins Peixoto; e Ignacio Jose de Siqueira.
Ata da reunião extraordinária de 30 de novembro de 1842, onde tratou-se sobre: Em sessão, assinaram três ofícios ao presidente da Província e as contas da Câmara. Assinaram uma atestação pedida por Dr. Felipe Xavier da Rocha, leram um ofício do vigário José Maria de Oliveira pedindo que paguem a ele a quantia de vinte e quatro mil reis pelo discurso que fez nas eleições e finalizaram passando mandado.
Documento redigido pelo secretário interino Policarpo Joaquim S. Amaral e assinado por: Antônio Fiuza de Almeida, Manoel de Toledo Silva, Joaquim Roiz, Cezar e Francisco Florêncio do Amaral.
A Câmara Municipal de Piracicaba foi criada em 1822, em decorrência de um ato do Governo Provisório de São Paulo, no qual a Freguesia de Santo Antônio de Piracicaba foi erigida à categoria de Vila, recebendo o nome de Vila Nova da Constituição. Por isso, era necessária a votação geral para ser eleito o colégio eleitoral: 6 homens que elegeriam os vereadores, juízes e procurador que representariam a Vila Nova da Constituição. Assim, foi formada a Câmara de Piracicaba no dia 10 de agosto de 1822.
O livro apresenta a votação e abertura de pelouros desde 1822 até 1832. Entretanto, em suas últimas páginas foi usado em outro período como registro de títulos e de pedidos de naturalizações, que não estão presentes nessa série, mas serão disponibilizados em momento oportuno de acordo com o seu tema.
Os pelouros, ou ordenação de pelouros, era um sistema eleitoral usado no Brasil desde a colonização dos portugueses. Nesse sistema eram escolhidos os juízes, vereadores e procurador por meio de eleições muito restritas. No primeiro momento desse processo havia uma eleição mais geral, onde eram escolhidos os eleitores: seis homem que constituíam o colégio eleitoral, que no segundo momento, escolhiam os possíveis ocupadores dos cargos oficiais. Assim, esses eleitores elegiam os nomes para os cargos, que eram escritos em uma tira de papel e guardados em uma pequena bola de cera do cargo determinado (essas bolas eram conhecidos como pelouros) e depois em sacos que eram depositados dentro de um cofre. Assim, no fim do ano o povo era chamado para assistir a cerimônia e abertura dos pelouros para descobrir quem seriam os novos vereadores, juízes e procurador da Vila ou cidade.
(A capital da Solidão - Uma história de São Paulo das origens a 1900. Roberto Pompeu de Toledo).