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Descrição arquivística
Foto 30
BR SPCVP AF-AEP-2004. Alckmin-30 · Item · janeiro de 2004
Parte de Acervo Fotográfico (Coleção)

Observa-se, na imagem, no quadrante inferior da foto, ao centro, de camisa e calça claras, segurando uma câmera fotográfica: Davi Negri, à época, servidor da Câmara Municipal. Demais pessoas não identificadas.

Clube dos Solteiros
BR SPCVP MIS-CS · Séries · 1919
Parte de Miscelânea (Coleção)

Livro de atas do chamado "Clube dos Solteiros". Não existem muitas informações referentes a tal clube, mas as atas registram a história de sua fundação e deliberações.

Clube dos Solteiros
Irmandade do Santíssimo Sacramento
BR SPCVP MIS-ISS · Séries · 1849 - 1852
Parte de Miscelânea (Coleção)

A Irmandade do Santíssimo Sacramento é uma confraria católica originada ainda na Idade Média, está entre as mais respeitáveis e antigas irmandades religiosas do catolicismo. Sua origem está ligada a piedade e devoção eucarística.
Em Piracicaba, na época chamada de Vila da Constituição, a Irmandade do Santíssimo Sacramento da Paróquia de Santo Antônio foi fundada em 07 de outubro de 1849, na sacristia da antiga matriz de Santo Antônio, em solenidade presidida pelo vigário Manuel José de França. Os irmãos – como eram chamados os membros – concorreram no mesmo dia em uma votação para definir provisoriamente suas funções dentro da irmandade. José Pinto de Almeida foi nomeado como provedor. Em 02 de dezembro de 1854, no consistório da irmandade, os irmãos se reuniram com o objetivo de instituírem uma Santa Casa de Misericórdia na Vila. A instituição foi declarada fundada pelo vigário padre José Gomes Pereira da Silva, tendo como presidente José Pinto de Almeida, vice-presidente José Viegas Moniz e secretário Emygdio Justino de Almeida Lara. Em 1856 a irmandade já havia definido um terreno para a construção do hospital, e se destacaram por cuidar tão bem da epidemia de varíola.
A Santa Casa de Misericórdia foi criada em 25 de dezembro de 1854, no dia de natal pela irmandade presidida pelo vigário José Gomes Pereira da Silva. O primeiro provedor da Santa Casa foi José Pinto de Almeida, e a rua onde o hospital Santa Casa foi instalado - entre as atuais ruas Moraes Barros e 15 de Novembro - levou o nome de José Pinto de Almeida.
Apesar de todo o poder e fama, a irmandade que também era responsável por zelar pelo cemitério, não escapou de críticas e apontamentos: Em outubro de 1855, o péssimo estado de conservação do cemitério levou o vereador Francisco Ferraz de Arruda acusa a irmandade de não cuidar do cemitério por se encontrar muito pobre.

Ata da Irmandade do Santíssimo Sacramento

GUERRINI, Leandro. História de Piracicaba em Quadrinhos. 1°volume. Piracicaba, SP: Equilíbrio: Instituto Histórico e Geográfico – IHGP, 2009.

Irmandade do Santíssimo Sacramento
Ata (07/10/1849)
BR SPCVP MIS-ISS-02 · Item · 07 de outubro de 1849
Parte de Miscelânea (Coleção)

Apuração para composição provisória da Mesa, sendo nomeados para Provedor, José Pinto de Almeida, para secretário Francisco José da Conceição, para Tesoureiro Domingos José Lopes Rodrigues, para Procurador Domingos José da Silva Braga. Na mesma ocasião os nomeados adotaram a “Niceia primitiva” de nomear uma comissão que se encarregasse de apresentar os preliminares do compromisso respectivo a Irmandade.

Irmandade do Santíssimo Sacramento
Ata (23/12/1849)
BR SPCVP MIS-ISS-05 · Item · 23 de Dezembro de 1849
Parte de Miscelânea (Coleção)

Ata da reunião ocorrida na Sacristia da Igreja Matriz, em data de 23 de dezembro de 1849, na qual por apresentado, pela comissão competente, o Compromisso da Irmandade, que foi livro e aprovado pelos presentes. Na mesma, a comissão responsável pelo alistamento dos senhores que desejavam ser irmãos, apresentou o número de 104. Na mesma reunião, houve a indicação de compra de utilitários para a Irmandade, como caldeirinha, cruz processional, lanternas e tocheiras. Também foi lida a carta do cidadão Miguel Archanjo na qual manifesta sua disponibilidade para a realização da festa da Semana Santa, se houvesse recursos para tal. Para tanto foi formada uma comissão, composta pelos irmãos Pinto e Rosa. Documento escrito pelo secretário Francisco José da Conceição e assinado por Felippe Xavier da Rocha, Domingos José da Silva Braga Filho e Francisco José da Conceição

Irmandade do Santíssimo Sacramento
Ata (14/09/1851)
BR SPCVP MIS-ISS-14 · Item · 14 de Setembro de 1851
Parte de Miscelânea (Coleção)

Reunião no consistório da Irmandade do Santíssimo Sacramento, em data de 17 de setembro de 1851, na qual estavam reunidos o provedor, oficiais e mais Irmãos da Mesa, em número legal, na qual foi lida a exposição do Irmão Fiscal sobre as despesas com a imagem do Senhor dos Passos e as contribuições da Semana Santa. Na mesma foram aprovados para “Irmãos”: D. Francisca Ignês de Paula Mattos, D. Candida Virginia da Cunha Silveira, D. Genebra Candida da Silva Braga, D. Clara Eugenia de Moraes, José Theodoro de Siqueira, D. Rosa Maria de Oliveira, Floriano Leite de Meneses, D. Maria Martins Ferraz, D. [Urçolina] Martins de Mello, Bento Ferraz de Carvalho, Joaquim Teixeira de Barros, Luís Teixeira de Barros, Moises Teixeira de Barros, Antonio Teixeira de Barros, D. Anna Izabel Alves do Amaral [Polido], Francisco Egídio do Amaral, Antonio [Dafinha] Ramos, D. Anna Amélia de Camargo, Antonia [Almeida] Campos, D. Gertrudes Rita Xavier, Rodrigo Xavier de Campos, João de Arruda Leite, D. Anna [Umbelino] de Toledo, Sebastião Ignacio do Amaral Gorgel, Salvador Martins de Aguiar, José Antonio de Oliveira, José Antonio Dias, Baldino de Mello Castanho, Francisco Morato e Carvalho, João Francisco de Oliveira Filho, João Baptista da Conceição, [Jouda] Roxa Camargo, Policarpo José Correa e D. Barbara Maria de Oliveira. Documento assinado pelo provedor Albino [Leite] do [Canto], pelo secretário Francisco José da Conceição e pelos demais presentes.

Irmandade do Santíssimo Sacramento
Ata (12/10/1851)
BR SPCVP MIS-ISS-17 · Item · 12 de Outubro de 1851
Parte de Miscelânea (Coleção)

Reunião no consistório da Irmandade do Santíssimo Sacramento, em data de 12 de outubro de 1851, para efeito de se proceder a tomada de contas do Tesoureiro, que foi aprovada com o parecer da comissão. Na mesma reunião, a nova Mesa tomou posse. Documento assinado pela antiga e nova Mesa.

Irmandade do Santíssimo Sacramento
Revolução de 1932
BR SPCVP CE-REV32 · Coleção · 09 de julho de 1932 a 02 de outubro de 1932
Parte de COLEÇÕES ESPECIAIS

A Revolução de 1932, também conhecida como Revolução Constitucionalista ou Guerra Paulista teve seu início com a deflagração da chamada "Revolução de 1930", que impediu a posse do ex-presidente (governador) do estado de São Paulo, Júlio Prestes, na presidência da República e derrubou do poder o presidente da república Washington Luís colocando fim à República Velha, invalidando a Constituição de 1891 e instaurando o Governo Provisório, chefiado pelo candidato derrotado das eleições de 1930, Getúlio Vargas, instalando no Brasil uma ditadura.
Nomeou interventores em todos os estados, com exceção de Minas Gerais, reforçando o conflito com São Paulo; dissolveu o Congresso Nacional, os Congressos Estaduais (Câmaras e Senados Estaduais) e as Câmaras Municipais.
Em São Paulo, foi o piracicabano Francisco Morato que, em 1931, lançou o manifesto “À Nação”, rompendo com Getúlio Vargas, deflagrando o movimento constitucionalista comandado por São Paulo. No manifesto, aprendido pela polícia, o dr. Morato expõe a situação de São Paulo, “rica e civilizada cidade da federação de ontem, hoje presa de guerra, amanhã toda desbaratada”.
Era grande a insatisfação com o governo provisório de Vargas. Os paulistas esperavam a convocação de eleições para presidente, mas dois anos se passaram e o governo provisório se mantinha. Os fazendeiros paulistas, que tinham perdido o poder após a revolução de 1930, eram os mais insatisfeitos e encabeçaram uma forte oposição ao governo. Houve também grande participação de estudantes universitários, comerciários e profissionais liberais.
Os paulistas criticavam a forma autoritária com que Vargas vinha conduzindo a política do país. Queriam mais democracia e maior participação na vida política do Brasil.
Além de medidas de centralização política, os estados foram proibidos de contratar empréstimos externos sem autorização do governo federal; além do monopólio de compra e venda de moeda estrangeira pelo Banco do Brasil, para controlar o comércio exterior. O governo impôs, ainda, medidas para controlar os sindicatos e as relações trabalhistas e criou instituições para intervir no setor agrícola como forma de enfraquecer os estados.
Júlio Prestes, o presidente Washington Luís e vários outros apoiadores de Prestes foram exilados na Europa, e os jornais que apoiavam Prestes foram destruídos, entre eles, os jornais paulistanos Folha de S. Paulo, "A Plateia" e o Correio Paulistano e os jornais cariocas A Noite e O Paiz
A primeira grande manifestação dos paulistas foi um mega comício na Praça da Sé, no dia do aniversário de São Paulo, em 25 de janeiro de 1932, com um público estimado em 200. 000 pessoas, e, na época, chamados de "comícios-monstro".
Em 23 de maio de 1932 começaram uma série de manifestações de rua contrárias ao governo. Numa destas manifestações, houve forte reação policial, ocasionando a morte de quatro estudantes: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.
As iniciais dos nomes destes estudantes (MMDC) transformou-se no símbolo da revolução. Para a revolução, alistaram-se 200.000 voluntários, sendo que se estima que, destes, 60.000 combateram nas fileiras do exército constitucionalista.
Em 9 de julho de 1932 teve início a Revolução Constitucionalista, que foi uma verdadeira guerra civil. Os paulistas fizeram uma grande campanha, usando jornais e rádios, conseguindo mobilizar grande parte da população. Os combates ocorreram, principalmente, no estado de São Paulo, região sul do Mato Grosso e região sul de Minas Gerais.
Contando apenas com o apoio do sul do Mato Grosso, São Paulo enfrentou o poder militar do das forças armadas federais. O resultado foi a rendição e derrota paulista em 28 de setembro de 1932. Cerca de três mil brasileiros morreram em combate e mais de cinco mil ficaram feridos durante a revolução.
A reação, por parte dos piracicabanos se deu de modo imediato, no Hotel Rex, em São Paulo, Fernando Febeliano da Costa e Otávio Teixeira Mendes tinham-se reunido para preparar Piracicaba para a revolta. O quartel de Pirassununga rebelou-se antes.
No dia 10, Samuel de Castro Neves, Fernando Febeliano da Costa, Luiz Alves Filho organizam o Clube Político para abrigar os revolucionários. No dia 12 de julho de 1932, é instalado o Quartel General dos revolucionários no Grupo Escolar Moraes Barros.
Foi na praça 07 de setembro, atual praça José Bonifácio, no dia 16 de julho de 1932 onde os primeiros voluntários se inscreveram para a Revolução.
Inicialmente, 200 membros se apresentaram para a inscrição, divididos em soldados, corpo médico, corpo de enfermeiras, dentistas e farmacêuticos, mas ao final totalizava-se 600 voluntários que partiriam ainda naquele dia para a frente de batalha e um segundo batalhão com mais 200 homens, partiram no dia 24 de julho.
Inicialmente, 200 membros se apresentaram para a inscrição, divididos em soldados, corpo médico, corpo de enfermeiras, dentistas e farmacêuticos, mas ao final totalizava-se 600 voluntários que partiriam ainda naquele dia para a frente de batalha e um segundo batalhão com mais 200 homens, partiram no dia 24 de julho.
Ainda no teatro Santo Estevão, a figura de Branca de Azevedo – professora enérgica – emergiu com força. Dos altos do Teatro, Branca de Azevedo convocou a juventude piracicabana para a luta pela constitucionalização do Brasil. Ela criou o comitê feminino MMDC, do qual foi presidente, e teve como companheiras as professoras Olívia Bianco e Eugênia da Silva, fazendo seu QG, com a Cruz Vermelha, no Teatro.
Outra figura considerada heroína da revolução de 1932 foi Maria de Almeida Silveira, nascida em Piracicaba, formada pela Escola Normal na turma de 1927, era filha de Inácio Florêncio da Silveira e de Dona Iaiá, Antonia de Barros Silveira. Ao estourar a revolução, Maria foi uma das primeiras a alistar-se, convocando mulheres, fazendo discursos, vestindo o uniforme de enfermeira e indo para o front. Nos últimos dias de combate, tornou-se cozinheira do batalhão.
No total, foram 12 mulheres piracicabanas que se alistaram, trabalhando na condição de enfermeiras, querendo enfrentar a ditadura Vargas: Odila Souza Diehl, Dulce Ribeiro, Carlinda Barbosa, Ana Silveira Pedreira, Rosalina Juliano, Matilde Brasiliense, Presciliana Almeida, Ida Bandiera, Nair Barbosa, Etelvina Pedreira, Maria Celestina Teixeira Mendes.
Diante da limitação das armas paulistas, Octávio Teixeira Mendes, inventa a "catraca", que passará a ser conhecida como "matraca", que imitava tiros de metralhadora com grande poder de fogo.
Os objetivos da revolução conseguiram levar ao conflito paulistas de várias cidades, mas não foram suficientes para expandir a outros estados - e o movimento acabou sucumbindo diante das forças nacionais.
A derrota dos paulistas condenou ao exílio muitas das suas principais lideranças. Entre os piracicabanos, foram Paulo de Moraes Barros e Francisco Morato as grandes vítimas. O dr.Paulo foi para Lisboa juntamente com o governador Pedro de Toledo e todos os membros de seu gabinete. Francisco Morato asilou-se primeiramente também em Lisboa, indo, depois, para Paris.
Embora derrotados, os paulistas conseguiram alcançar alguns objetivos. Entre eles, a Constituição que acabou sendo promulgada em julho de 1934, trazendo alguns avanços democráticos e sociais para o país.