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Archival description
MHPPM CE-CTSM-JOR-01 · Item · 27 de abril de 1922
Part of COLEÇÕES ESPECIAIS

Jornal de Piracicaba, de 27 de abril de 1922 (quinta-feira). A matéria da capa destaca o discurso do Diretor Honorato Faustino de Oliveira, que ocorreu no dia 21 de abril daquele ano, comemorando os 25 anos da Escola Normal de Piracicaba (Sud Mennuci) onde destaca o histórico da escola, da fundação até aquele momento presente, onde “[...] foi plantada em terreno fértil, a semente cujo embrião esgalhou-se esta árvore frondosa e fecunda inestimáveis [...] Foi feliz a escolha desta data para a fundação da nossa Escola. Identificada esta com os santos ideais de Tiradentes, vem assim de longa data pugnando pela libertação da mentalidade ds filhos do povo retrogrado império da ignorância. Salve, pois o dia de hoje, que relembra a morte de um grande patriota, em holocausto á liberdade da Patria, e o nascer de uma Escola que há de viver perenemente para ilustrar o espírito do povo, a fim de que este jamais desconheça os direitos que tem de impedir que lhe seja usurpada essa liberdade conseguida à custa de tantos sacrifícios!”.

Na capa dessa mesma edição, no centro e parte superior da capa, há um quadrante contendo um anúncio da Agência Ford, onde se lê: “Tenho a grata notícia de informar ao povo piracicabano que domingo 30, o tenente aviador Fritz Rossler voará por cima de nossa florescente cidade. Consumindo nos seus ‘raids’ a conhecida ‘ENERGINA’ rainha das gasolinas”.
Em destaque nesse anúncio vê-se uma suástica, ou, como chamada e grafada na época, “svastika”. Esse símbolo ainda não era ligado ao regime nazista. Embora idêntica, a suástica nazista tinha a orientação diferente desta, apontando pro lado oposto.
A “svastika” é um símbolo místico encontrado em muitas culturas e religiões em tempos diferentes, sendo encontrados registros de 5 mil anos atrás. Dentre os seus significados, um dos mais populares diz que ela é a “Cruz da Boa Sorte”.
Em 1920, a empresa Anglo-Mexican Petroleum Company ou, como conhecemos hoje, a Shell, adotou a “svastika” como parte de sua propaganda. Não que a empresa fosse simpatizante do nazismo, eis que, na época, o símbolo ainda não era ligado a ele. O emblema trazia o significado da “Cruz da Boa Sorte” e foi muito difundido na propaganda do querosene “Aurora” e da gasolina “Energina”.
No contexto da publicação do Jornal de Piracicaba, a Agência Ford informava, através de um anúncio publicitário, um acontecimento raro para a época: a passagem de um avião por sobre a cidade. E nesse anúncio constava que o avião era abastecido com a gasolina “Energina”, que por sua vez era produzida pela empresa Anglo-Mexican Petroleum Company, cujo emblema era a “svastika”.

Na terceira página, canto inferior esquerdo, há um anúncio do Dr. Honorato Faustino de Oliveira, onde se lê que o mesmo, “médico diplomado pela Faculdade de Medicina do Paraná, dá consultas grátis aos pobres, na Farmácia Santa Cruz, Bairro Alto, das 08h30 às 10h30 nos domingos e feriados, e das 06h00 às 07h00 da tarde nos dias úteis”.

As demais páginas trazem notícias diversas, anúncios comerciais e profissionais, programações culturais, crônica social e obituário.

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Termo de Abertura
BR SPCVP CMP-OF-OF01-01 · Item · 03 de janeiro de 1830
Part of Câmara Municipal de Piracicaba (Fundo)

Termo de abertura do livro de registro das ordens do governo dirigidas à Câmara de Piracicaba. (Ou Vila da Constituição). Documento assinado por Joaquim Antônio da Silva.

José Baptista de Luné
BR SPCVP CMP-NAT-NAT01-01 · Item · 03 de novembro de 1848
Part of Câmara Municipal de Piracicaba (Fundo)

Termo de declaração de naturalização de José Baptista Luné, natural de São Martinho do Bispo, em Coimbra - Portugal, no qual ele declara, perante a Câmara da Vila da Constituição, o desejo de se naturalizar cidadão brasileiro. Documento redigido pelo secretário da Câmara e assinado pelos vereadores (Prado, Leite, Ferraz e Lima) e pelo solicitante.

Engenho e o Rio
BR SPCVP AF-PIR-PIRA2023-01 · Item · julho de 2023
Part of Acervo Fotográfico (Coleção)

Iconografia que registra o Engenho Central visto da margem oposta do Rio Piracicaba (margem direita). Na imagem é possível observar a edificação, o rio e a ponte (passarela) pênsil “José Dias Nunes”. Fotografia de autoria do fotógrafo Rubens Cardia.
Mais informações:
O Engenho Central de Piracicaba é localizado às margens do Rio Piracicaba e “em 19 de janeiro de 1881, Estevão Ribeiro de Souza Rezende (advogado e empresário, futuro Barão de Rezende), e os agricultores Antonio Corrêa Pacheco e Joaquim Eugenio do Amaral Pinto, entre outros associados, abriram a Empresa do Engenho Central, com maquinário produzido na indústria mecânica ‘Brissonneau Frères’, da cidade francesa de Nantes, no Pays de la Loire. Em 3 de maio daquele ano, Estevam de Rezende, cedeu parte de suas terras na Fazenda São Pedro, para a instalação do engenho. Quatro dias depois, em 7 de maio de 1881, o imperador D. Pedro II assinou o Decreto Imperial n° 8.089, concedendo a autorização para o funcionamento (Camargo, 1899; Guerrini, 2009, citados por Cachioni e Kühl, 2010, p. 7915). Com o passar dos anos e “[...] apesar do mercado paulista promissor, o Engenho Central de Piracicaba estagnou, entre outros motivos, pela insuficiência de matéria-prima, entrando em concordata em 29 de abril de 1887, sob a responsabilidade dos sócios Rezende e Castro. Mediante a impossibilidade de saldar os compromissos da empresa quanto ao pagamento dos juros da dívida adquirida junto ao governo, com o lucro da safra daquele ano, os sócios proprietários decidiram anunciar a venda da companhia. No mês seguinte, em 17 de março de 1888, o Barão de Rezende comprou as ações de seus sócios, tornando-se proprietário exclusivo. (Guerrini, 2009; Terci e Peres, 2010 citados por Cachioni e Kühl, 2010, p. 7916).
“Em vista das dificuldades de resolver os problemas de falta de matéria prima, além das novas condições impostas pelo novo regime político, aliado às constantes oscilações do mercado, em 22 de junho de 1891, a Empresa do Engenho Central foi alienada pelo Barão de Rezende à recém-criada ‘Companhia de Cultura de Canna, Fabricação e Refinação de Assucar, Alcool, Cal, etc. - Niagara Paulista’, cuja diretoria era composta pelo coronel João Carlos Leite Penteado (presidente), Victor Nothmann e o comendador Cícero Bastos, com nova injeção de capital (Gazeta de Piracicaba, 10/08/1893 citado por Cachioni e Kühl, 2010, p. 7916).” Quando “em 31 de março de 1899 foi lavrada a Escritura de compra do Engenho Central em cartório parisiense, contendo os estatutos da ‘Societè de la Sucrérie de Piracicaba’, da qual foi fundador o industrial Fernand Doré. Dois dias depois, em 2 de abril, na assembleia geral de acionistas, foi decidida a organização definitiva da citada sociedade. Por sua vez, a assembleia geral dos acionistas da Cia. Niágara Paulista, realizada em 17 de abril de 1899, decidiu pela dissolução da companhia (Guerrini, 2009 citado por Cachioni e Kühl, 2010, p. 7917).”
A indústria do açúcar paulista mostrava-se, neste período, tão vantajosa economicamente, que atraiu mais capital estrangeiro. Em 24 de outubro de 1907, por meio do decreto nº. 6.699, foi fundada em Paris, a sociedade anônima ‘Societé de Sucrérie Brèsilliennes - SSB’ com a presidência de Maurice Allain, reunindo os sócios Fernand Doré, Lucien Mellier, Edmond Steinheil e o Conde Léon de Bertier de Sauvigny. Desta forma, com os franceses, a usina de Piracicaba passou a ser a maior empresa do Estado em produção e a mais importante do país, com fabricação anual de 100 mil sacas de açúcar e três milhões de litros de álcool. [...] Entre os anos de 1967 e 1968, a alta cúpula da SSB determinou, por intermédio do representante geral no Brasil, a nacionalização e a respectiva mudança na razão social da antiga ‘Société de Sucréries Brésiliennes’, a qual passou a ser denominada como ‘Usinas Brasileiras de Açúcar S.A.’ - Ubasa, abrangendo apenas as usinas e sua sede brasileira em São Paulo. Em 1968, depois da nacionalização da empresa, a Ubasa vendeu seu controle acionário para o Grupo Deltec, após 85 anos de atividades industriais. [...] Em 1969 o Grupo Silva Gordo adquiriu da Deltec o controle acionário da Ubasa. O grupo empresarial pertencia ao Banco Português do Brasil S.A., e era controlado pelo banqueiro José Adolpho da Silva Gordo. (Stipp Netto, 2009 citado por Cachioni e Kühl, 2010, p. 7918).
[...] Do decorrer de 1969 ao primeiro semestre de 1970, a nova administração promoveu alterações estruturais e organizacionais em todas as suas empresas e unidades industriais. Apesar da reorganização administrativa, o Grupo Silva Gordo, motivado pelo crescimento urbano e a valorização imobiliária da região ao redor da usina e das fazendas de cultivo de cana, decidiu encerrar as atividades das usinas em 1972. Em consequência da venda do controle acionário das Empresas do Grupo Silva Gordo, concretizada possivelmente em novembro de 1972, as usinas oriundas da antiga Ubasa foram transferidas para um novo grupo empresarial imobiliário (Stipp Netto, 2009, citado por Cachioni e Kühl, 2010, p. 7919). [...] Com o fim definitivo do caráter industrial da empresa, foi iniciado o empreendimento imobiliário Terras do Engenho promovido pela Companhia City com o loteamento de antigas fazendas de produção de cana, que se configuraram nos atuais bairros de Nova Piracicaba, Santa Rosa, entre outros. Com isso, todo o maquinário da usina foi vendido como sucata, restando apenas os edifícios parcialmente arruinados pelo processo de desmontagem. (Cachioni e Kühl, 2010, p. 7919).
Em 1982, por meio dos Decretos municipais n. 3.357, de 03 de fevereiro de 1982 e n. 3.377, de 15 de março de 1982, o ex-prefeito João Herrmann Neto declarou como utilidade pública, as terrras e a propriedade (imóvel), respectivamente, do Engenho Central. E em 11 de agosto de 1989, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (CODEPAC) e a prefeitura do munícipio declararam, por meio do Decreto Municipal . 5.036 de 11 de agosto de 1989, o Engenho como patrimônio Histórico-Cultural e Ambiental de Piracicaba. Atualmente é um complexo turístico e cultural da cidade.

Foto 01
BR SPCVP AF-CMP-1981.IGP-01 · Item · 1º de agosto de 1981
Part of Acervo Fotográfico (Coleção)

À esquerda, Oswaldo Raimundo da Silva sendo homenageado pelo ex-vereador Newton da Silva. Ao fundo, encontram-se os vereadores, dentre eles, o vereador e ex-presidente Antonio Messias Galdino; à direita, na mesa, encontra-se o vereador mais antigo da Câmara, Phillippe Westin Cabral de Vasconcelos.

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Velório
BR SPCVP AF-FT-1968.FLG-01 · Record group · 07 de julho de 1968
Part of Acervo Fotográfico (Coleção)

Registros do velório de Luciano Guidotti. As homenagens tiveram lugar no antigo prédio da Prefeitura de Piracicaba, local hoje se encontra o estacionamento da Câmara (na esquina das ruas São José e Alferes José Caetano). O velório teve inicio na noite do dia 07 de julho de 1968 e se estendeu até a manhã do dia 08. Após o velório, o caixão foi levado, em cortejo composto por populares e autoridades, até a Catedral de Santo Antônio. Os registros deste trajeto entre a Prefeitura e a Catedral, passando pela Praça José Bonifácio, também fazem parte da subsérie.