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Diário de Piracicaba, de 04 de dezembro de 1964 (sexta-feira)

A edição do Diário de Piracicaba de 04 de dezembro de 1964, traz a seguinte matéria na capa “BRILHANTE A APRESENTAÇÃO DO CORAL ULTRAGAZ EM PIRACICABA” que aborda sobre o espetáculo apresentado em favor das famílias das vítimas da catástrofe de 6 de novembro.

Ainda na capa, uma matéria rata do socorro às vítimas da catástrofe, com o seguinte título: “PROVIDENCIADA A DISTRIBUIÇÃO JUSTA E EQUITATIVA DOS AUXÍLIOS – Conselho Coordenador das Entidades tomou várias resoluções de interesse para os beneficiários das vítimas”

Na capa, tem-se também matérias não relacionadas com a tragédia do edifício Luiz de Queiroz (Comurba), como: “Estados Unidos atentos à crescente ameaça chinesa” e “Nova vacinação intensiva contra a paralisia infantil”

Diário de Piracicaba, de 04 de julho de 1965 (domingo)

A edição do Diário de Piracicaba de 04 de julho de 1965, traz a seguinte manchete em destaque na capa: “A CATÁSTROFE DO PRÉDIO DA COMURBA – LAUDO PERICIAL SOBRE O DESABAMENTO SERÁ CONCLUÍDO AINDA ESTE MÊS – Informação foi prestada pelo dr. Ernesto de Araújo, perito da Polícia Técnica de São Paulo, ao prefeito municipal”. De acordo com a notícia, um dos peritos responsáveis pelo levantamento pericial das causas do desabamento parcial do Edifício Luiz de Queiroz compareceu ao local da catástrofe e informou que o laudo pericial deveria ser concluído até o final do mês de julho, e o bloco remanescente liberado para a Comurba com o intuito de serem tomadas as providências.

A edição traz também alguns assuntos como: “II Salão Piracicabano de Arte Infanto-Juvenil – Continuam chegando inscrições para a mostra de arte”, “Clube “Coronel Barbosa””, “Iniciados os preparativos para a I FAIPI”, “Piracicaba de hoje”, bem como alguns anúncios.

Diário de Piracicaba, de 03 de dezembro de 1964 (quinta-feira)

A edição do Diário de Piracicaba de 03 de dezembro de 1964, traz a seguinte matéria na capa “ENCERRADA A CAMPANHA: ARRECADAÇÃO SUPEROU A CASA DOS CR$ 10 MILHÕES” que aborda sobre uma campanha realizada em Piracicaba através do Conselho Coordenador das Entidades em prol das famílias das vítimas da catástrofe de 6 de novembro: “Em uma reunião extraordinária, realizada anteontem, o Conselho Coordenador das Entidades deu por encerrada a campanha de arrecadação de donativos para auxílio às famílias das vítimas da catástrofe. No relatório apresentado pelo tesoureiro da Comissão Central designada pelo Conselho, foi apurada, ainda provisoriamente, pois faltam ainda alguns dados complementares, que a importância total arrecadada por todos os postos instaladas alcançou a expressiva soma de Cr$ 9.942.827,00 o que diz bem nunca desmentido espirito caridoso do povo piracicabano”

Na página subsequente tem-se a matéria intitulada “DESASTRE DO PRÉDIO DA COMURBA VISTO LÁ FORA”, que traz transcrições de publicações da imprensa de diferentes lugares do interior do estado de São Paulo, incluindo um poema de Josias Ferraz da Silva, que fez os votos de pesar por Tietê – “Já que o martírio, a fronte nos conturba. Com o desastre do «Luiz de Queiroz» O remédio é esquecer esse «Comurba» Vamos cuidar dos que ficaram sós”

Diário de Piracicaba, de 3 de fevereiro de 1965 (quarta-feira)

A edição do Diário de Piracicaba de 3 de fevereiro de 1965, traz, na capa, a matéria “CAMPANHA DE SOCORRO ÀS VÍTIMAS DO DESASTRE DE 6 DE NOVEMBRO”, que relata sobre uma reunião feita pela Comissão Especial da Campanha de Socorro às vítimas do desastre de 6 de novembro. Entre os assuntos abordados estabeleceram que “a Comissão solicita a todos os interessados que tenham algum problema relacionado com o desastre de 6 de novembro que o levem ao conhecimento do Serviço Social Municipal para ser estudado e solucionado”

Na capa, tem-se também matérias não relacionadas com a tragédia do edifício Luiz de Queiroz (Comurba), como: “Ministro da Fazenda anuncia estancamento do surto inflacionário”; “Castelo insistirá na paridade de vencimentos”; “Frana protesta contra as atividades de Bidault no Brasil”; “Almirante Pena Boto vai representar contra o presidente da república” e “Três garotos tentaram assaltar banco em São Paulo”.

Diário de Piracicaba, 01 de dezembro de 1964 (terça-feira)

A capa da edição de 01 de dezembro de 1964, no final da página, traz um anúncio de apresentação em benefício das famílias afetadas pela tragédia do Edifício Luiz de Queiroz (Comurba). Tal tem o seguinte teor, “Dia 2 de dezembro, no I.C. Ítalo-brasileiro – gentilmente cedido pela diretoria – Grande apresentação do Coral Ultragaz (60 figuras) – Interpretando canções, músicas folclórica e clássica – com a colaboração de artistas da PRD-6 – Em benefício das famílias das vítimas da catástrofe de 6 de novembro – Promoção de: Ultragaz – Diário de Piracicaba – Lion Clube”

Ainda sobre o tema “Comurba”, na página 2, tem-se a matéria intitulada “CATÁSTROFE DE PIRACICABA REPERCUTIU EM RIBEIRÃO PRETO”, com o seguinte teor: “O dr. Zenon Batista Sitrangulo, delegado de polícia que por alguns anos esteve lotado como adjunto à Regional de Polícia de Piracicaba, aqui deixando muitos amigos ao se transferir para Ribeirão Preto, esteve ontem em visita à nossa redação, oportunidade em que lembrou a repercussão dolorosa, naquela cidade, da tragédia que ocorreu na Noiva da Colina, no dia 6 de novembro”

Na edição tem-se também matérias não relacionadas com a tragédia do edifício Luiz de Queiroz (Comurba), tendo como manchete de destaque a matéria intitulada “CASO MAUIQUE FOI DEBATIDO NA SESSÃO DE ONTEM – Vereador apresentou sua defesa e o presidente da Câmara anunciou as providências tomadas – Focalizada a construção do Anel Rodoviário – Outras notas”

Diário de Piracicaba, de 01 de janeiro de 1965 (sexta-feira)

A edição do Diário de Piracicaba de 01 de janeiro de 1965, traz a seguinte manchete em destaque na capa “DESASTRE DO PRÉDIO DA COMURBA ASSINALOU DOLOROSAMENTE O ANO DE 1964” que aborda como o que seria o orgulho de Piracicaba se transformou em dor e luto: “Chegou ao fim o ano de 1964. Ano que assinalou dolorosamente a maior tragédia que se abateu sobre Piracicaba em toda a sua existência, o desabamento parcial do Edifício Luiz de Queiroz, sinistro que roubou meia centena de vidas e enlutou a cidade Noiva da Colina. ” Relata também a ausência de uma resposta para a solução do problema causado em decorrência da tragédia.
Na página 4, na matéria intitulada, “PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS EM PIRACICABA NO ANO QUE PASSOU - O ano de 1964 nas manchetes e notícias estampadas pelo Diário de Piracicaba” na seção ‘NOVEMBRO’ encontra o seguinte trecho “6-11-64 – às 13h45 deste dia, Piracicaba que estava tranquila, sofria um grande choque – caia uma parte do Comurba soterrando em seus escombros meia centena de pessoas que pereceram tragicamente – a dor invadiu a cidade. ”

Registro frontal do Busto do Doutor Preto (médico reconhecido da cidade), o busto representa a intelectualidade do ser, e este fica exposto no Engenho Central de Piracicaba, um lugar muito frequentado por moradores ou visitantes da cidade. Fotografia de autoria do fotógrafo Rubens Cardia.
O busto, de autoria de Fátima Rosa Albertine, é uma homenagem a André Ferreira dos Santos, ou dr. Preto, como é conhecido. Natural de Macaé, no Rio de Janeiro, o médico mudou-se para Piracicaba e atuou na Santa Casa dos anos de 1921 a 1928, e teve um papel proeminente durante a epidemia de tifo, que acometeu diferentes cidade do interior paulista. Dr. Preto faleceu no dia 23 de junho de 1942.

Registro da Carta Patente de reforma do Capitão Domingos Soares de Barros no posto de Sargento Mor das Ordenanças, visto que sua avançada idade e moléstias o privam de continuar a serviço.

Fotografia dando foco para fachada do Colégio Dom Bosco e para a Igreja da Boa Morte e Assunção.
Fotografia de Rubens Cardia.
Informações adicionais:
No local da atual Igreja N. S. da Boa Morte havia uma outra construção iniciada em 1853 e concluída em 1855 pelo artista ituano Miguel Dutra que fundara a Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte em 1851. Esta Igreja era totalmente decorada com retábulos e arcadas Barrocas e ao seu lado funcionava um cemitério para religiosos. Na noite de 25 de janeiro de 1891 o Colégio N. S. da Assunção, que até hoje funciona ao lado da Igreja, foi destruído por um grande incêndio. Na reedificação do Colégio, (com o mesmo projeto) o arquiteto Alberto Borelli incluiu nos seus planos a demolição da antiga Igreja da Boa Morte e a construção de uma nova igreja no local. A ideia foi aceita pelas Irmãs de São José e a construção se iniciou, provavelmente no mesmo ano, mas só foi concluída em 1926. Os detalhes da fachada principal são de inspiração Renascentista e Barroca com nichos, óculos, janelas em arcos plenos, molduras, e ordens de colunas utilizadas de maneira livre, sem a rigidez do classicismo antigo. Possui uma cúpula bastante significativa inspirada na Igreja Santa Maria Del Fiore de Florença, marco da arquitetura do Renascimento italiano. As obras da cúpula foram executadas, muitos anos após o início das obras, por Paulo Pecorari e seu sócio Romanini, sendo que este morreu na obra, numa queda do andaime. A implantação da igreja da Boa Morte foi uma das mais bem sucedidas em Piracicaba. Localizada no alto, pode ser avistada a longa distância.

Fotografia dando foco para fachada do Colégio Dom Bosco e para a Igreja da Boa Morte e Assunção.
Fotografia de Rubens Cardia.
Informações adicionais:
No local da atual Igreja N. S. da Boa Morte havia uma outra construção iniciada em 1853 e concluída em 1855 pelo artista ituano Miguel Dutra que fundara a Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte em 1851. Esta Igreja era totalmente decorada com retábulos e arcadas Barrocas e ao seu lado funcionava um cemitério para religiosos. Na noite de 25 de janeiro de 1891 o Colégio N. S. da Assunção, que até hoje funciona ao lado da Igreja, foi destruído por um grande incêndio. Na reedificação do Colégio, (com o mesmo projeto) o arquiteto Alberto Borelli incluiu nos seus planos a demolição da antiga Igreja da Boa Morte e a construção de uma nova igreja no local. A ideia foi aceita pelas Irmãs de São José e a construção se iniciou, provavelmente no mesmo ano, mas só foi concluída em 1926. Os detalhes da fachada principal são de inspiração Renascentista e Barroca com nichos, óculos, janelas em arcos plenos, molduras, e ordens de colunas utilizadas de maneira livre, sem a rigidez do classicismo antigo. Possui uma cúpula bastante significativa inspirada na Igreja Santa Maria Del Fiore de Florença, marco da arquitetura do Renascimento italiano. As obras da cúpula foram executadas, muitos anos após o início das obras, por Paulo Pecorari e seu sócio Romanini, sendo que este morreu na obra, numa queda do andaime. A implantação da igreja da Boa Morte foi uma das mais bem sucedidas em Piracicaba. Localizada no alto, pode ser avistada a longa distância.