Iconografia do marco do bicentenário de Piracicaba, afixado ao obelisco que localizava-se em frente a Casa do Povoador.
Há uma placa em que se lê:
“MARCO DO BICENTENÁRIO DE PIRACICABA
(1-8-1767 – 1-8-1967)
GLÓRIA AO SEU FUNDADOR, O CAPITÃO POVOADOR ANTÔNIO CORRÊA BARBOSA, E, HONRA ÀS BRAVAS GERAÇÕES QUE POVOARAM TERRAS PIRACICABANAS, NOS SEUS DOIS SÉCULOS DE LUTAS E CONQUISTAS – EXTRAORDINÁRIA COLMEIA HUMANA, CUJO TRABALHO DIGNIFICANTE, ACALENTADO PELA CRENÇA , PELO AMOR E PELO CIVISMO, VALE POR UMA DECIDIDA AFIRMAÇÃO DE FÉ NOS DESTINOS DA GRANDE PÁTRIA COMUM, UMA E INDIVISÍVEL.
PIRACICABA, 1º DE AGOSTO DE 1967”.
Iconografia que registra a placa do monumento conhecido como "Marco de Fundação", localizado no Engenho Central, em Piracicaba. Na placa se lê: "Piracicaba foi fundada neste local em 01/08/1767 por Capitão Povoador Antônio Corrêa Barbosa. Piracicaba 01/08/1990. 223º Aniversário de Fundação. Prefeitura Municipal de Piracicaba". Ao fundo da imagem é possível também observar parte da passarela estaiada, que lida as duas margens do Rio Piracicaba.
Fotografia de autoria do fotógrafo Rubens Cardia.
O "Marco de Fundação de Piracicaba" é um monumento que indica o local onde se estabeleceu a povoação de Piracicaba, na margem direita do Rio. Segundo consta, por provisão de 24 de julho de 1766 era Antônio Corrêa Barbosa nomeado para o cargo de Diretor e Povoador de Piracicaba. Dando cumprimento às ordens recebidas, Antônio Corrêa Barbosa fundava oficialmente, a 1º de agosto de 1767, a povoação de Piracicaba. O marco foi inaugurado no dia 01 de agosto de 1990, na celebração de aniversário de 223 anos de Piracicaba.
Discurso do Deputado Estadual Francisco Salgot Castillon, publicado no Diário Oficial de 26 de maio de 1965, referente ao maquinista de Piracicaba vítima de desastre.
O Deputado relata o desastre no qual uma senhora “atirou-se sob as rodas da composição” e o maquinista que a dirigia fora intimado para prestar depoimento como acusado de homicídio culposo. Contudo, Salgot relata a falta de assistência da Sorocabana, na Delegacia de Polícia de Jundiaí, para com seu funcionário que estava à espera do advogado da empresa e o mesmo não compareceu. Dessa forma o funcionário teve que arcar com os custos de um outro advogado. E, assim, Salgot faz um apelo ao Governador para que toda vez que algum funciónario, de qualquer repartição do Estado de São
Paulo, estiver envolvido em processos por atos oriundos das atividades funcionais, que tenham assistência jurídica dos advogados do Estado.
O documento é um clipping (recorte) do Diário Oficial, colado em uma folha sulfite. Apresenta também as seguintes informações datilografadas: “Deputado Francisco Salgot Castillon. Publicado no D.O. de 26 de maio de 1965. Páginas 41 - 1º coluna. Assunto: ”MAQUINISTA DE PIRACICABA VÍTIMA DE DESASTRE: uma senhora atirou-se sob as rodas da composição. O empregado da Sorocabana sem assistência na Delegacia de Polícia de Jundiaí”.
Fotografia, colorida, de uma máquina denominada como dragas de sucção, geralmente utilizadas para extração de areia e outros minerais. Não há informações de datação, localização e procedência.
Reprodução fotográfica de uma maquete na qual é representada a então Vila da Constituição (atual Piracicaba) no ano de 1842. No centro da imagem observa a praça e a igreja central. A fotografia foi feita pelo fotógrafo Davi Negri. Não há informação quando a data da reprodução.
Mapa da viação férrea do sul do Brasil e República do Uruguai, edição de 1922, organizado por Guia Levi, pelo engenheiro Alexandre Mariano Cococi da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo. O mapa, com escala de 1:2000:000, mostra no quadrante principal as conexões férreas que vão da região central do Estado de Minas Gerais até o extremo norte do Estado de Santa Catarina. No quadrante A (canto superior esquerdo), com escala de 1.450000, traz a continuidade das conexões férreas existentes no Estado do Mato Grosso do Sul. No quadrante B (canto inferior direito), com escala de 1:5436000 as conexões férreas dão continuidade do extremo norte de Santa Catarina até o extremo sul do Uruguai, na capital Montevidéu. No verso do mapa há a parte principal da planta da cidade de São Paulo, onde está acompanhado de duas gravuras, uma da Prefeitura Municipal (à esquerda) e outra de uma residência na Vila Lina - Avenida Higienópolis (à direita) e uma quadro com a relação numérica de algumas praças, ruas, largos, edifícios, entre outros nomes que não foram mencionados na planta, como por exemplo: 1. Largo do Palácio; 2. Praça Antonio Prado; 3. Praça João Mendes; 4. Largo São Bento. 5. Largo São Francisco, entre outros.
Sud Mennucci - Escola NormalIconografia, datada de 13 de dezembro de 2024, que registra o mapa (com acessibilidade) do 1º andar do prédio anexo da Câmara Municipal de Piracicaba.
Fotografia de Guilherme Leite
Registro de pessoas fazendo a manutenção dos paralelepípedos de uma rua, em sua esquina há uma escrita visível no muro que diz: "Luiz Dias Gonzaga", possivelmente em referência ao ex-prefeito Luiz Dias Gonzaga. Não é possível confirmar a existência da configuração dessa paisagem nos dias atuais. Fotografia sem identificação de datação, localização e procedência.
Manuscrito escrito por Honorato Faustino, sem datação, mas provavelmente escrito na década de 1930, no qual ele narra sua vida e conquistas. O referido texto inicia-se da seguinte forma:
“Neste livrinho, assim como em outros de meu arquivo, está registrada, embora desordenadamente e sem observar a ordem cronológica dos fatos, a minha vida dedicada ao mister educativo da infância e da mocidade da minha terra, de 1885 a 1930. Quem tiver curiosidade e paciência de ler, ao menos por alto, o que tenho conservado a esse respeito, verá que fui dedicado à sagrada e mal recompensada missão que o destino me confiou. Cumpri o meu dever estritamente, fui entusiasta do ensino, e até a meu estudo médico, no qual me diplomei, foi aproveitado e exclusivamente dedicado às crianças e suas famílias, aos professores, que foram meus companheiros de trabalho, tudo gratuitamente. Estiveram contados nessa seleção igualmente os funcionários subalternos das escolas normais de Piracicaba e São Paulo, nas quais fui diretor a maior parte da minha existência pública. Fiz tudo quanto me foi possível a bem do ensino público paulista, com honestidade, boa vontade, não tendo poupado sacrifícios para que a minha espinhosa e árdua tarefa pudesse ter sido bem desempenhada. E o consegui, como foi sempre reconhecido pelo povo e pelas altas autoridades escolares, no que possuo também excelente documentação. Estou perfeitamente bem nesse ponto, com a minha consciência” (em transcrição livre).
Após essa apresentação, Honorato narra, de forma cronológica e detalhada, sua vida dedicada ao ensino, começando em 1884, quando a ensinava particularmente em Itapetininga, passando por sua graduação na Escola Normal da Província de São Paulo, sua nomeação em Chapadinha, em Sarapuí, atuação como diretor da Escola Complementar e da Escola Normal, ambas de Piracicaba e da Escola Normal da Praça da República.
Um dos fatos curiosos narrados por Honorato é que ele, quando professor na Escola Normal de Itapetininga, entre os anos de 1895 e 1897, deu aula para Júlio Prestes, que foi político brasileiro, nascido em Itapetininga, que chegou a ser eleito presidente da república, mas não assumiu o cargo devido a eclosão da chamada Revolução de 1930. Sobre a década de 1930. E foi também nos anos de 1930, com o contexto da citada revolução, que Honorato deixa o cargo de diretor da Escola Normal da Praça da República, nas palavras dele:
“Em 1930 houve a revolução da Aliança Liberal, que depôs o presidente Doutor Washington Luiz e não deixou o Doutor Júlio Pestes empossar-se do cargo para que tinha sido eleito. Seguia-se a anarquia governamental, surgindo á tona das águas turvas o lodo das ambições pessoais, das traições, das explosões de maus sentimentos, e eu fui vitima única e exclusivamente do feitio moral do colega que tinha dificuldade em pronunciar o nome - Lourenço Filho”. (em transcrição livre).
Honorato conta também quem em 1932, quando atuava no ginásio “11 de Agosto”, as aulas foram suspensas devido a chamada “Revolução Constitucionalista”, e também foi o período em que uma grave enfermidade o tirou da vida acadêmica.
No manuscrito há também uma listagem das obras ‘publicáveis’ escritas por ele, umas, na época, dependendo de aprovação da diretoria de instrução pública e outras de editores. Além disso, Honorato deixou registrado em seu manuscrito o nome dos professores que o ajudaram em sua formação, finalizando com um agradecimento a eles: “A todos esses saudosos artificies da minha intelectualidade aqui deixo a minha respeitosa e grata homenagem. Honorato Faustino de Oliveira” (em transcrição livre).
Termo de juramento do cidadão naturalizado Manuel Guedes de Mello. Juramento este prestado na sessão ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, do dia 02 e abril de 1887, sob presidência do senhor José Augusto da Rocha Almeida. Consta que ele foi naturalizado brasileiro por carta assinada pelo Presidente da Província, datada de 30 de setembro de 1886 (“ano próximo passado”). Dentre as informações disponíveis no documento tem-se que:
Manuel Guedes de Mello: natural da Portugal, 66 anos, negociante, católico, casado com uma brasileira e pai de José (38 anos), Maria (36 anos), [Alexandrina] (34 anos), Anna (30 anos), Francisco e Joaquim (gêmeos, 29 anos), [Maurici] (25 anos), Antônio (22 anos), [Etelvina] (19 anos) e Carolina (17 anos).
O termo tem a seguinte redação (em transcrição livre): “O Presidente da Câmara deferiu o juramento do mesmo Manuel Guedes de Mello, o qual pondo a mão sobre o livro dos Evangelhos prometeu prestar obediência e fidelidade à Constituição e as leis deste País, e reconhecer o Brasil por sua pátria de hoje em diante”
Documento redigido e lavrado pelo Secretário da Câmara Jeronimo José Lopes, e assinado pelo naturalizado e pelos vereadores José Augusto da Rocha Almeida, Estevão Ribeiro de Souza Rezende, João Manoel de Moraes Sampaio, Prudente José de Moraes Barros, Paulo Pinto de Almeida, Manoel da Costa Pedreira, João Nepomuceno de Souza, José Carlos de Arruda Pinto e Carlos José de Arruda Botelho