É com grande satisfação que o aluno Ismael Fachada fala sobre a data da festividade que se comemoram naquela casa de ensino. Como entusiasta sincero da forma de governo republicana, sentiu-se á vontade ao dizer algumas palavras sobre o 15 de novembro. "Sejam as minhas primeiras expressões de profundo respeito e de veneração á memória de todos aqueles heróis que derramaram o seu sangue no Brasil, pelo desejo ardente de libertar a pátria de regimes incapazes de satisfazer ao ideal de liberdade deste grandioso torrão da América do Sul que é a nossa adorável terra...". (em transcrição livre). Limitou-se apenas a dedicar-lhes esta pálida homenagem por não poder fazer de maneira mais significativa. "Recordando simplesmente que foram esses mártires os que primeiro sonharam com a vitória que somente mais tarde deveríamos alcançar a 15 de novembro de 1889, na revolução que derrocou a carcomida (1) monarquia, implantando em nosso país o regime democrático, sob cujo pavilhão nos impusemos ao respeito de todos os povos como nacionalidade que deseja progredir, sem se deter um minuto sequer em seu caminho glorioso...”. (em transcrição livre). Ismael ressalta a importância de respirarmos em um país, agora, de liberdade, no gozo de todos os nossos direitos de cidadãos e sobretudo, que precisamos manter e melhorar o regime democrático. Conclui que só poderemos colher os melhores frutos da árvore da liberdade que plantamos a 15 de novembro de 1889, quando em nosso país não houver mais analfabetos, terminando com uma saudação merecidíssima a quem o dirige: “Salve a memória de todos nós” (em transcrição livre).
(1) Corroído; que está estragado, velho, roído; destruído por carcoma, caruncho.
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