Fotografia retratando a fachada da Societá Italiana di Mutuo Soccorso.
Fotografia de Rubens Cardia.
Informações adicionais: "A Societá Italiana di Mutuo Soccorso foi fundada em 11 de dezembro de 1887 e, após um período sem atividades foi reativada em 1898. Como destaque na sua atuação, a Sociedade Italiana cumpriu papel pedagógico ensinando os imigrantes a se adaptarem ao Brasil. Imigrantes numerosos, os italianos tiveram dificuldades para ascensão social em Piracicaba. No entanto, já em 1900 havia italianos expoentes nas artes, finanças e indústria, como os Gatti, os Losso, Orcese, Ribecco, Zanotta, Lagreca, Libório, e Galesi. Duas associações importantes congregavam a colônia italiana: a Societá Italiana di Mutuo Soccorso e o Circolo Meridionale XX de Setembro (posteriormente, Clube Cristóvão Colombo). O motivo para a existência de duas sociedades era político, os republicanos participavam da primeira e os monarquistas, revoltados contra o assassinato do Rei Umberto I, fundaram a segunda. O projeto foi executado com elementos do classicismo italiano. Originalmente, a edificação simétrica era térrea sobre porão utilizável, com uma entrada em forma de pórtico formado por colunas gêmeas dóricas e platibanda com epígrafes das datas de fundação. De cada lado do pórtico, há uma sala. Na ala posterior, com telhado independente, um teatro de piso plano com um palco. Elementos característicos do classicismo, como janelas geminadas (aximezes) em arcos plenos, modilhões, balaústres e colunas estão presentes na fachada, mas no interior, a profusão de pinturas de autoria de Mário e Ernesto Thomazi, de certa inspiração Barroca dá o aspecto Eclético do edifício. As paredes do salão de eventos exibem pinturas de personagens célebres do Brasil e da Itália como Carlos Gomes, Leonardo da Vinci, Cristóvão Colombo e Giuseppe Verdi. Posteriormente foi construído um segundo pavimento no bloco frontal, com salas nos dois pavimentos e uma cozinha, no térreo. Em cima do pórtico foi instalado um alpendre balaustrado. O primeiro pavimento não repetiu exatamente todos os elementos decorativos do primeiro. As janelas, que no térreo são duplas e em arco pleno, no superior são únicas e retas. Arrematando o edifício há um frontão de inspiração clássica na platibanda e pinhões nas extremidades." (CACHIONI, 2012, p. 33).