Auto de posse e juramento de José Joaquim [Leme] da Silva para servir de Juiz de Paz de Pirassununga. Documento escrito pelo secretário José Lopes da Siqueira e assinado pelo empossado e pelos vereadores da Câmara.
Auto de posse e juramento de Inácio Ribeiro Fernandes para servir de inspetor. Documento escrito pelo secretário José Lopes da Siqueira e assinado pelo empossado e pelos vereadores da Câmara.
Auto de posse e juramento de Inácio Alves de Oliveira para servir de inspetor de quarteirão da freguesia de Limeira. Documento escrito pelo secretário José Lopes da Siqueira e assinado pelo empossado e pelos vereadores da Câmara.
Auto de posse e juramento de Antônio Joaquim Bueno Pais para servir de inspetor de quarteirão de Limeira, no bairro da Cascalho. Documento escrito pelo secretário José Lopes da Siqueira e assinado pelo empossado e pelos vereadores da Câmara.
Inquérito Policial, realizado no dia 15 de abril de 1879, na Câmara Municipal de Piracicaba, estando presentes o delegado de polícia, o escrivão, o promotor público e as testemunhas: Sebastiana Maria de Oliveira, Angélica Maria Cardoso, Amâncio Lopes de Moraes e Pedro Joaquim. As testemunhas foram inquiridas sobre os fatos, relatando o que se segue:
1º Testemunha - Sebastiana Maria de Oliveira: 33 anos de idade, casada, engomadeira, natural e moradora de Piracicaba – Segundo a depoente, no dia 12 de abril de 1879, Antônio da Rocha achava-se na casa dela, quando chegou Joaquim dos Santos, que “comprimento com bons modos” a ela e a Antônio da Rocha e saiu depois de buscar suas roupas. Mas retornou pouco tempo depois (meia hora), entrando, sem dizer uma palavra, e agredindo Antônio da Rocha. Quando ela depoente correu em direção a Santos, para parar o conflito, ouviu o som de um tiro. Disse também que Antônio da Rocha saiu da casa depois do tiro, e que este, sempre que vinha do sítio, lhe dava uma garrucha* para guardar. Ainda acrescentou que:
“o motivo em concorreu para dar-se o fato constante do processo foi proveniente de relações amorosas que tanto o ofendido como Antônio da Rocha entretinham com ela depoente e que a pesar de ambos se tratarem bem em sua casa esta testemunha (...?) soube depois do facto criminoso que o ofendido e Antônio da Rocha tinham ciúmes dela depoente” (em transcrição livre)
2º Testemunha - Angélica Maria Cardoso: 60 anos de idade (mais ou menos), viúva, lavradora, natural de Castro (província do Paraná) e moradora desta - Segundo a depoente, no dia 12 de abril de 1879, a noite, estava na sala da casa de Sebastiana Maria de Oliveira, “picando fumo”, quando chegou o ofendido (Joaquim dos Santos) que dirigiu-se a Antônio de Tal e deu três bordoadas nele, e logo depois viu um clarear e o estampido e um tiro que “afundou o rosto do paciente”.
3º Testemunha - Amâncio Lopes de Moraes: 23 anos de idade, negociante e morador de Piracicaba - Segundo o depoente, ele não estava no momento do delito, mas ouviu um tiro dado no interior da casa de Sebastiana e imediatamente Antônio da Rocha saindo corrente da dita casa. Na casa viu Joaquim dos Santos “ofendido no rosto com manchas de sangue no corpo o qual disse-lhe que estava morto, sem dizer-lhe quem era o autor do crime”, e que este pediu para chamar Azevedo, administrador da linha férrea, mas quando retornou, Santos já havia perdido a fala. Disse também que não sabia os motivos do crime, nem se havia inimizade entre os envolvidos.
4º Testemunha - Pedro Joaquim: 40 anos de idade, casado, negociante, natural da Suíça e morador de Piracicaba - Segundo o depoente, ele estava em seu negócio quando ouviu o som de um tiro. Que ignora os motivos do crime que apenas sabe que ambos (Santos e Rocha) frequentavam a casa de Sebastiana.
Documento redigido pelo escrivão Paulo Luiz da Silva e assinado pelo juiz e pelas testemunhas, sendo Antônio Gonçalves de Souza, a rogo de Sebastiana Maria de Oliveira e Alexandre Domingues Teixeira a rogo de Angélica Maria Cardoso.
*Garrucha: arma de fogo, de cano curto, semelhante a uma pistola
Discurso do Deputado Estadual Francisco Salgot Castillon, publicado no Diário Oficial de 23 de setembro de 1964, sobre o inquérito da CMTC.
Francisco Salgot fala sobre o inquérito da CMTC presidido pelo General Mena Barreto, e que foi devolvido à Justiça de São Paulo.
O documento é um clipping (recorte) do Diário Oficial, colado em uma folha sulfite. Apresenta também as seguintes informações datilografadas: “Deputado Francisco Salgot Castillon. Publicado no D.O. de 23 de setembro de 1964. Páginas 55 - 1º coluna. Assunto:”inquérito da C.M.T.C., devolvido Justiça de S. Paulo”