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Descrição arquivística
<<Quem Não Chora>>
MHPPM CE-CTSM-LRHF-52 · Item · [sem data]
Parte de COLEÇÕES ESPECIAIS

Recorte de publicação, sem indicação de data nem de origem, com título “Quem não Chora”, que consiste em um poema, possivelmente de autoria de Honorato Faustino. Segue o texto poético na integra:

“-Pedrinho!
-O que é?
-Menino, levaste o café
Lá no moinho?
-A senhora disse: Não esqueça...
Mas – que cabeça!
Me esqueci!
-Ai de ti, peralvilho!
-Mamãe, é boa...
-E tu es um mau filho!
-Mamãe perdoa....
-Vais apanhar!
-Mamãe, eu morro!
-Ai! Ai! Socorro!
-Bem, vou perdoar,
Por ter compaixão,
De ti, mandrião.
-Que sorte de fama,
Tive agora!
Bem se diz que “quem não chora
Não mama
Honorato Faustino – (do Livro de Pedrinho, inédito)” (em transcrição livre)

<<Pedrinho Ganha um Presente>>
MHPPM CE-CTSM-LRHF-54 · Item · [sem data]
Parte de COLEÇÕES ESPECIAIS

Recorte de publicação, sem indicação de data nem de origem, com título “Pedrinho Ganha um Presente”, que consiste em um poema, possivelmente de autoria de Honorato Faustino. Segue o texto poético na integra:

“Terás em breve sete anos.
E o meu presente há de ser.
Mandar-te para uma escola.
Para aprenderes a ler.

Mamãezinha esta promessa.
Fazia constantemente.
Mas impunha a condição.
De ser eu sempre obediente.

E o fui fazendo tudo.
Quanto de mim exigia.
Rezando que dos meus anos.
Chegasse depressa o dia.

Ir numa escola estudar.
Que pensamento risonho.
Constituiu dali por diante.
O meu ideal, o meu sonho.

Assim, fui contando os dias.
Sempre a olhar no calendário.
Até que chegou festivo.
O meu aniversario.

Mamãe cumpriu a promessa.
Fui para um grupo escolar.
Onde ganhei esse mino.
Ler, escrever e contar

Honorato Faustino” (em transcrição livre)

Diário da Noite – São Paulo - [s.d.]
MHPPM CE-CTSM-LRHF-77 · Item · [sem data]
Parte de COLEÇÕES ESPECIAIS

Recorte de jornal do Diário da Noite, em São Paulo, sem indicação de data, intitulado “A Escola Normal da Praça e a data festiva de hoje”, e subtitulado “Comemorando a definitiva reabertura dos seus cursos”. Inicialmente, a reportagem traz uma fotografia do então diretor da escola, Dr. Honorato Faustino, a seguir, traz informações acerca da solenidade que comemorou a reabertura e a instalação em um novo prédio da dita escola, citam que “Criada e suprimida por duas vezes, foi a Escola reaberta em 1880, numa das salas do pavimento térreo do prédio, onde agora funciona o Fórum Cível, e naquele tempo ocupado pelo Tesouro. Logo sentiu-se a necessidade de tranferi-la para um prédio mais amplo e confortável. No governo Prudente de Moraes foi, afinal, instalada [...]. O ato solene da instalação deu-se 2 de agosto de 1894, justamente 14 anos após, sua reabertura” (em transcrição livre).
Ainda, a reportagem detalha, de modo ordenado, a programação literário-musical realizada durante a solenidade, como por exemplo, a execução do Orpheão (coral) Escolar, discurso do Honorato Faustino de Oliveira, execução de piano, entre outros.

Mudança de Margem e Delimitação da Povoação
BR SPCVP FP-EP-04 · Item · 02 de agosto de 1784
Parte de Fundação de Piracicaba (Coleção)

O documento datado de 02 de agosto de 1784, que trata da delimitação do terreno para a povoação de Piracicaba e é assinado por Vicente da Costa Taques Goés e Aranha, Antonio Correa Barbosa, e outras autoridades e população.

Antonio Correa Barbosa
<<Hino Esportivo>>
MHPPM CE-CTSM-LRHF-35 · Item · [sem data]
Parte de COLEÇÕES ESPECIAIS

Recorte de publicação, sem indicação de data nem de origem, com o título “Hymno Esportivo”, que consiste em um poema, possivelmente de autoria de Honorato Faustino. Segue o texto poético na integra:

“A saúde é um precioso tesouro
Que não term similar no valor;
Valem mais que possuir arcas de ouro
Estes dons: - a energia, o vigor.

Nossos jogos nos dão alegria,
E sentimos imenso prazer
Da existência na doce poesia
De sorrir, gozar, de viver.

O exercício nos põe bem dispostos
Para as lutas da vida enfrentar.
Eia(1), pois, companheiros! A Postos!
Para vencer é preciso lutar!

Vigorosos, melhor poderemos
A esta Patria adorada servir,
Dedicando-lhe, cheios de extremos,
Nossos votos do belo porvir.

Honorato Faustino”
(em transcrição livre)

(1) Expressão de animação, de ânimo; excitação. Capaz de exprimir surpresa, de espanto.

<<Escola Normal>> - [s.d.]
MHPPM CE-CTSM-LRHF-70 · Item · [sem data]
Parte de COLEÇÕES ESPECIAIS

Matéria de jornal, sem indicação de data nem de origem, intitulada “Cantos Escolares”, onde se lê: “Acabam de aparecer, enfaixados num folheto, os cantos escolares, para orpheon, a 2, 3 e 4 vozes, que o distinto educador, dr. Honorato Faustino, diretor da Escola Normal da capital, há muito vinha ensinando aos alunos das escolas por onde tem passado, com música e letra de sua autoria. Trabalho feito nas poucas horas de lazer que lhe deixa o cargo, porém vazados todos com muito carinho e com muito amor”. (em transcrição livre)

<<Julio Prestes>> - [s.d.]
MHPPM CE-CTSM-LRHF-84 · Item · [sem data]
Parte de COLEÇÕES ESPECIAIS

Recorte de publicação, sem indicação de data, nem de origem, com o título de “Julio Prestes”, de autoria do Doutor Honorato Faustino. A publicação tece elogios e, pelo contexto, embora não explicíto devido a falta de datação, parabeniza pela nova Presidência do Estado de São Paulo (1927-1930), o político, advogado, fazendeiro e poeta Julio Prestes, que foi, em Itapetininga, seu aluno. Ao longo do texto, Honorato manifesta sua satisfação, apesar dos desafios do ensino, àqueles alunos que lograram êxito em suas vidas e profissões, como é o caso de Julio Prestes, cujo o autor dá destaque, além de sua oratória e “promissoras tendências intelectuais”, ao fato de “Em uma certa fase, a alma juvenil de Julio Prestes, abandonou-se ás expansões poéticas” (em transcrição livre) e, Honorato cita ainda que conservava junto de si um álbum com trabalhos literários de alguns alunos, o que incluía dois sonetos de Prestes, aos quais ele transcrevera na matéria.
Após a dita transcrição, continua tecendo elogios ao ex-aluno e ratifica que, dado ao novo governo de Prestes, “São Paulo iniciará nova e importante fase de surto de progresso que vem realizando, em importante trajetória” e que “[...] há de abençoar o novo governo de Julio Prestes, memorando-o sempre entre os que lhe outorgaram maior soma de benefícios, mais farta [...?] de bem estar e de felicidade” (em transcrição livre).

Abaixo, segue em transcrição livre os sonetos “Flores Campesinas e Meu Coração”, respectivamente:

FLORES CAMPESINAS
XVII

Sabado, á tardezinha, o Zé Tropeiro
Manda um moleque arrear o bom picaço,
Enfia-se num pala domingueiro
E toca em seu cavalo, passo a passo,

E, pela estrada vai, todo faceiro,
Tendo nos tentos um comprido laço,
Na cintura a guayaca com dinheiro
E uma Lafouchet trochada de aço.

Vai á festa assistir na encruzilhada
Para, no samba, junto á namorada,
Dançar, rodopiando como um fuzo;

E, depois, noutro dia via á raia,
Ver correr o turdilho com a báia,
E a noite passar jogando búzio.

MEU CORAÇÃO
A Valle e Silva

Ansioso, inteiramente abandonado
Etá meu pobre coração vazio.
Ele pulsa no peito regelado,
Profundamente lúgubre e sombrio;

Chora mais do que [Job] quando, magoado
Formou com suas lágrimas o rio
No vale de Idumeia, ou, desvairado,
Treme de vasto horror e intenso frio.

Mas, assim sem amar e solitário,
É capaz de vencer o mundo inteiro
E morrer com Cristo no Calvário !...

O coração do homem sempre é forte,
Mais valente mil vezes que um guerreiro;
Porque quem vence o amor não teme
a morte.