A matéria, intitulada “Mirante de Piracicaba: convite ao encantamento”, aborda dois pontos turísticos construídos pelo sr. Francisco Salgot Castillon, enquanto prefeito: o Mirante propriamente dito e a Avenida Beira-Rio. Do texto, destacam-se os seguintes trechos: “A margem esquerda mal cuidada e a direita, que colhe a visão mais ampla da cachoeira, era um barranco cortado por alguns caminhos preciosos. (...). O velho mirante, construído de 1912 a 1916, era apenas um quiosque à maneira antiga. A pouca luz e os barrancos inóspitos, afastavam dali as famílias piracicabanas, impedidas de ter acesso à beleza do rio... (...). Quando eleito prefeito de Piracicaba, o deputado Salgot Castillon tomou a seu cargo a construção do mirante e da av. Beira-Rio. Duas obras de vulto, que ladeiam o rio e recolocam, no lugar que a Natureza havia determinado, o coração da cidade. (...). Não foi fácil construir o mirante. (...). Ficou pronta em 1º de agosto de 1962. (...). Ao lado do mirante foi montado o parque. E onde havia o antigo quiosque, um restaurante foi erguido. A obra foi considerada arrojada... (...). Na margem esquerda, do outro lado da ponte, lado que é o centro comercial da cidade, também na gestão do sr. Salgot Castillon foi urbanizada a av. Beira-Rio. (...). Ali, aos domingos, as crianças e mesmo adultos fazem passeios de barco. Pescadores que não dispõem de ranchos, jogam seus anzóis. É a margem rasa, a margem pacata do rio. E também bonita. Com estas obras, foi Piracicaba recolocada em sua posição de uma das cidades do interior paulista que melhores condições oferecem ao turismo. Tem um rio piscoso, tem beleza, e lirismo. É um convite ao repouso”. À parte o conteúdo referente ao sr. Francisco Salgot Castillon, o jornal trazia referências a outros assuntos. No verso do recorte há uma propaganda do jornal “Diário da Noite”. Nesse anúncio, fica evidente um costume da época: logo ao amanhecer, esperar pelo jornal impresso para ter acesso às notícias. A informação escrita não chegava de forma instantânea. Era necessário aguardar a impressão das folhas do jornal. A propaganda trazia duas imagens: a de um pão embrulhado e a de um jornal dobrado, sugerindo que ambos tinham acabado de ser entregues na residência para serem consumidos naquela hora, pela manhã. Abaixo das imagens, complementando o anúncio, havia a seguinte legenda: “Madrugadores. Eles aparecem sempre juntos. Porque às 6 horas da manhã, Diário da Noite (1ª edição), já está nas bancas, informando detalhadamente os últimos acontecimentos. E às 13 horas, volta às ruas o DN (2ª edição), cobrindo sozinho o período que vai até à saída dos matutinos (no dia seguinte). Leia hoje no DN as manchetes de amanhã”.
Pelo conteúdo do documento, subentende-se que tenha sido publicado em meados da década de 1960.