Recorte do “Jornal de Piracicaba”, de 04 de junho de 1927, em matéria intitulada “Na Escola Normal” que fala sobre a visita do maestro Marcello Tupynambá a Escola Normal de Piracicaba, acompanhado do cantor Eurico Mendes. Segundo consta, os visitantes tiveram a oportunidade de assistir a uma pequena audição do Orpheon infantil e do Grupo Modelo Anexo. E, em correspondência à gentileza, o senhor Eurico Mendes cantou algumas produções do maestro Tupynambá, acompanhadas ao piano pelo autor.
Recorte do “Jornal de Piracicaba”, de 11 de julho de 1927, em matéria intitulada “Notas de Arte: palavras de Marcello Tupynambá sobre a cultura musical piracicabana”, na qual versa que o ilustre maestro Marcello Tupynambá, que havia feito um concerto no Teatro Santo Estevão disse as seguintes palavras sobre a cultura musical de Piracicaba: “Fiquei maravilhado com o que vi e ouvi na poética cidade de Piracicaba. A plateia piracicabana já não comporta artistas medíocres; sabe julgar e discernir com propriedade do valor dos artistas. O meu primeiro entusiasmo foi na Escola Normal. O diretor dessa casa de instruções secundárias, doutor Honorato Faustino é um benemérito na questão. Com sua capacidade extraordinária, espantosa, ela fez coisa difícil de se conseguir em qualquer parte do mundo: fazer das vozes das crianças, quatro vozes. É uma maravilha sem igual em todo o Brasil. Há harmonia perfeita, muita afinação. Quase todos os cantos são de sua lavra. O Orpheon Piracicabano é um conjunto de artistas, um coral difícil até de se idealizar. Pela primeira vez tive a grata satisfação de ouvir o nosso Hino cantado a quatro vozes. Penso que assim nunca se cantou a bela página musical no Brasil. É a última realização artística do nosso tempo. Podemos dizer: em realizações artísticas completas, só a Rússia e Piracicaba. Quando nossa pátria cantar como o Orpheon do maestro Lozano, poderemos dizer com acerto que o Brasil é o Povo Cantor. Ouvi, por gentileza cativante do maestro Lozano musicas minhas, cantadas pelo Orpheon. Senti-as bem minhas e exultei de satisfação. O maestro Lozano é um portento digno de admiração em todo o mundo” (em transcrição livre).
Recorte de publicação, sem indicação de data nem de origem, com título “Quem não Chora”, que consiste em um poema, possivelmente de autoria de Honorato Faustino. Segue o texto poético na integra:
“-Pedrinho!
-O que é?
-Menino, levaste o café
Lá no moinho?
-A senhora disse: Não esqueça...
Mas – que cabeça!
Me esqueci!
-Ai de ti, peralvilho!
-Mamãe, é boa...
-E tu es um mau filho!
-Mamãe perdoa....
-Vais apanhar!
-Mamãe, eu morro!
-Ai! Ai! Socorro!
-Bem, vou perdoar,
Por ter compaixão,
De ti, mandrião.
-Que sorte de fama,
Tive agora!
Bem se diz que “quem não chora
Não mama
Honorato Faustino – (do Livro de Pedrinho, inédito)” (em transcrição livre)
Recorte de publicação, sem indicação de data nem de origem, com título “Pedrinho Ganha um Presente”, que consiste em um poema, possivelmente de autoria de Honorato Faustino. Segue o texto poético na integra:
“Terás em breve sete anos.
E o meu presente há de ser.
Mandar-te para uma escola.
Para aprenderes a ler.
Mamãezinha esta promessa.
Fazia constantemente.
Mas impunha a condição.
De ser eu sempre obediente.
E o fui fazendo tudo.
Quanto de mim exigia.
Rezando que dos meus anos.
Chegasse depressa o dia.
Ir numa escola estudar.
Que pensamento risonho.
Constituiu dali por diante.
O meu ideal, o meu sonho.
Assim, fui contando os dias.
Sempre a olhar no calendário.
Até que chegou festivo.
O meu aniversario.
Mamãe cumpriu a promessa.
Fui para um grupo escolar.
Onde ganhei esse mino.
Ler, escrever e contar
Honorato Faustino” (em transcrição livre)
Matéria do jornal “Tribuna Popular de Itapetininga”, de 31 de março de 1928, intitulada “Dr. Honorato Faustino”, onde se lê: “Para substituir o diretor da Escola Normal da Capital, durante seu impedimento, foi nomeado o dr. Honorato Faustino de Oliveira, diretor da Escola Normal de Piracicaba, ilustre e estimado itapetiningano que honra o magistério paulista, pela sua reconhecida competência e correção” (em transcrição livre).
Matéria do jornal “Diário da Manhã”, de 08 de abril de 1928, intitulada “Dr. Honorato Faustino”, onde se lê: “Distinguiu-nos ontem com a sua visita o sr. dr. Honorato Faustino, que um ato acertadíssimo do governo estadual acaba de promover do cargo de diretor da Escola Normal desta cidade para igual cargo na Escola Normal da Praça da República, em São Paulo. Sobre ser um educador provecto e um publicista dotado de uma forte e bela cultura geral, o dr. Honorato Faustino é organizador dos mais capazes como atestam os quase vinte anos de sua direção na Escola Normal desta cidade. Pelo trem da Paulista, das 16 horas e um quarto, retira-se hoje para São Paulo, onde vai assumir a direção da Escola Normal da Praça da República, o sr. dr. Honorato Faustino” (em transcrição livre).
Recorte do Jornal “Folha da Manhã”, de 15 de abril de 1928, de matéria intitulada “Na Escola Normal: Significativa homenagem ao Dr. Honorato Faustino”. Nesta, consta que havia sido realizada, no salão nobre da Escola Normal de Piracicaba, uma homenagem a Honorato Faustino, que havia sido nomeado para diretor da Escola da Praça da República. Entre as pessoas que fizeram discursos na solenidade estavam: Santos Viega, Dario Brasil, Antônio Pinto de Almeida, Candida Helena (aluna do 4º ano), Ruth Almeida (aluna da Complementar) e Julieta Guerrini (professoranda). Sob a regência dos maestros Lozano e Benedito Dutra, foram executadas pelo Orpheon (coral) Infantil e da Complementar, músicas do próprio Honorato. “Comovido o homenageado produziu um substancioso discurso, externando os seus agradecimentos a todos os seus auxiliares” (em transcrição livre).
Recorte do “Jornal de Piracicaba”, de 15 de abril de 1928, intitulado “Escola Normal” e subtitulado “Justa Homenagem”. A matéria traz como notícia a festa literário-musical, realizada em homenagem a despedida do Doutor Honorato Faustino, que dirigiu a escola por 24 anos. Tal recorte, traz de modo descritivo o programa executado durante a solenidade, como por exemplo, abertura da sessão pelo professor Manoel de Almeida, então diretor interino da escola, apresentação de “A voz do vento”, composta pelo homenageado e cantada a 3 vozes pelo Orpheon (coral) da Escola Modelo, bem como outras apresentações musicais, saudações e discursos dos alunos e professores da escola.
Recorte de jornal, intitulado “ Professor Honorato Faustino”, datado em 1929. A matéria, traz uma homenagem aos 43 anos de trabalho do professor e diretor Honorato, tecendo elogios sobre seus serviços e dedicação junto ao ensino, sobretudo ao que dispunha na direção da então Escola Normal de Capital (São Paulo). Ao final do trecho, dá ênfase que “[...] a data de hoje, evocadora de um caráter reto, de uma figura cheia de bondade evocadora das qualidades de um homem que muito fez pela Patria, educando, formando caráters, não poderia, como dissemos, passar despercebida. Nela, o Doutor Honorato Faustino receberá, por certo, inúmeras manifestações de regosijo não só de seus amigos como de todos quanto conhecem a ação proveitosa que pelo bem da coletividade vem desenvolvendo” (em transcrição livre).
Recorte de jornal intitulado “Dr. Honorato Faustino”, de 03 de fevereiro de 1929. A matéria informa e felicita o doutor Honorato pelo seu aniversário, enquanto tece elogios a ele enquanto educador, escritor, musicista e humano, “dotado de invulgar capacidade de trabalho e finos predicados de espirito e coração” (em transcrição livre).
A reportagem traz ainda uma fotografia de Honorato, e ao final dá destaque a alguns trabalhos pedagógicos criados por ele, como por exemplo: “Lições práticas de pontuação e acentuação do “a” pela figura crase”; “Cantos a 3 e 4 vozes para orpheon escolar”; “Cantos a 2,3 e 4 vozes para orpheon infantil”; Linguagem médica popular do Brasil e de Portugal, entre outros.