Citação ao perito e juramento por parte de Bento Barreto do Amaral Gurgel para ser curador de Benedicta. Documento assinado por Bento Barreto do Amaral Gurgel.
Auto do corpo de delito de Jeronimo, de quatro anos de idade, no qual respondem questões como a causa da morte. Consta que tal foi consequência da aplicação de um golpe com um “corpo contundente” na região da nuca, ou, região mastoide, como colocado no auto, e que a morte foi imediata. Documento redigido pelo escrivão Júlio Cesar de Oliveira e assinado por: Joaquim Antônio d’Oliveira, Eulálio da Costa [Carvalho], Augusto Cesar d’Oliveira, Manoel Jose Lopes [Manavalhas], [Tibúrcio] Jose de Almeida Lara, e Júlio Cesar de Oliveira.
Auto de qualificação, onde interrogam Benedicta, João Leite Ferraz de Sampaio, o curador da ré Bento Barreto do Amaral Gurgel, e assinaturas e declarações a respeito dos testemunhos. Documento redigido pelo escrivão Júlio Cesar de Oliveira.
Documento onde intimam diversas testemunhas para deporem a respeito dos acontecimentos referentes ao assassinato de três crianças escravizadas por sua mãe, uma mulher escravizada de nome Benedicta.
Documento com anexos dos termos a respeito do tribunal: Termo de reunião do júri, termo de verificação das cédulas, termo de abertura da sessão do julgamento, e termo de chamada das partes e testemunhas.
Certidão de chamada: uma declaração onde convocaram pessoas para comparecer ao tribunal, foi declarada pelo porteiro do tribunal do júri. O documento é datado de 10 de setembro de 1867 e consta a assinatura de Maximiano Lopes da Silva.
Documento com apuração de votos e sentença final da ré Benedicta, sentenciada a 12 anos de prisão com trabalho, porém, visto que era escrava, a pena foi alterada para 300 chibatadas e 3 anos presa a ferro pelo pescoço. Soma de preços e valores estão em anexo. O documento é datado de 10 de setembro de 1867.
Registro, feito pelo secretário da Câmara Pedro Liberato de Macedo, da certidão de casamento de Jaboc Müller e Anna Blumer. O documento, datado de 1868, inicia-se com: “Extrato do Casamento da Igreja Evangélica Alemã” (...) “O abaixo assinado Pastor da Comunidade Evangélica alemã [Rocinha] pelo presente declara e atesta que as pessoas seguintes celebraram seu casamento perante as testemunhas da lei, por ato religioso, conforme as prescrições e o rito da Igreja Evangélica” (em transcrição livre).
Dentre as informações disponíveis no documento, tem-se que:
Jacob Müller: 26 anos de idade, solteiro, marceneiro, com domicílio em Piracicaba, da Suíça (possivelmente de Schaffhausen), nascido em 03 de [julho], filho de Ulrico Müller e Adela [Gunda].
Anna Blumer: 19 anos, solteira, com domicilio em Rocinha, nascida em 01 de [julho], Suíça (possivelmente de Matt, no Cantão de Glaris), filha de Jacob Blumer e Barbara.
Segundo consta, o ato religioso foi celebrado em 04 de outubro de 1868 na comunidade evangélica alemã na Rocinha, tendo como testemunhas João [Weipt] e Jacob [Martein]. A exatidão o extrato é atestada pelo Pastor evangélico em Campinas, Frederico [Hauspler].
Há também uma datação de 29 de outubro de 1868, acompanhada do nome “Denis e Silva”
Ata da reunião extraordinária de 20 de junho de 1869, na qual, em sessão, o vereador Eulálio da Costa Carvalho indicou que “se determinasse para a matança das reses no matadouro público do meio dia às 4 horas da tarde”. Registra a ata que “a Câmara aprovou a indicação”.
Registro, feito pelo secretário da Câmara, Delfino Amaral, da certidão de casamento de George [Barnsley] e Mary [Lamira] Emerson. O documento, datado de 25 de fevereiro de 1871, inicia-secom: “Aos 25 dias do mês de fevereiro de 1871, nesta cidade da Constituição, na secretaria da Câmara Municipal, registrei a certidão de casamento, que abaixo se segue” (em transcrição livre)
Dentre as informações disponíveis no documento, tem-se que:
George [Seaboraugh] [Barnsley]: 31 anos, natural do estado da Geórgia (Estados Unidos), filho de Godfrey [Barnsley] e Julia [Seaboraugh], médico e morador de Tatuí.
Mary [Lamira] Emerson: 17 anos, natural do estado do Mississipi (Estados Unidos), filha do Pastor Evangélico Willian Curtis Emerson e Elizabeth Agnes [Benghan], moradores da Fazenda São Luiz, do Distrito de Santa Bárbara.
Segundo consta, o ato religioso foi celebrado no dia 04 de março de 1869, às 8 horas da noite, nos ritos da Igreja Presbiteriana, pelo Pastor [W.C. Emerson] (1), tendo como testemunhas os senhores Jorge [Hall] e James Martin.
Há também uma datação de 23 de fevereiro de 1871, acompanhada do nome “Doutor Eulálio”
(1) possivelmente, o nome [W.C. Emerson] que aparece atestando o casamento, seja Willian Curtis Emerson, pastor evangélico e pai da noiva.