Chegada do féretro ao Cemitério da Saudade.
Chegada do féretro ao Cemitério da Saudade. Na imagem três homens fardados e o caixão, coberto por uma bandeira do Brasil, em cima do carro dos bombeiros.
Chegada do féretro ao Cemitério da Saudade.
Chegada do féretro ao Cemitério da Saudade.
Registo fotográfico da fachada do Cemitério da Saudade, onde podemos ver o portão aberto e várias pixações do lado de fora. Fotografia de autoria do fotógrafo Rubens Cardia.
Conforme registros da Câmara e trabalhos de historiadores e pesquisadores, o cemitério da Saudade de Piracicaba foi o terceiro na cidade a ser construído e foi formado inicialmente como um cemitério protestante. O cemitério foi solicitado porque os protestantes, no caso, luteranos, não podiam ser sepultados em cemitérios católicos. No que dispõe ao portal do cemitério, este foi arquitetado por Serafino Corso e executada por Carlos Zanotta, em 1906. À época, tal foi considerado obra inédita no mundo, com portão e ferragens de bronze, trazidos da Alemanha. A frase – que pretendeu garantir como certa uma das utopias humanas – é do professor e advogado Dario Brasil: ”Omnes similes sumus”, “todos somos iguais”. (ELIAS NETTO, 2021).
Registros das homenagens à Luciano Guidotti, que faleceu no dia 07 de julho de 1968, enquanto estava investido do cargo de prefeito de Piracicaba. Tais homenagens ocorrem em momentos distintos, começando com o velório que teve lugar no prédio da prefeitura no dia 07, no dia seguinte pela manhã, em cortejo, o caixão foi levado à Catedral de Santo Antônio, onde foi realizada a missa de corpo presente, após, o cortejo se dirigiu ao Cemitério da Saudade.
Luciano Guidotti (1903 – 1968) nasceu em Avaré (SP) e ocupou o cargo de prefeito duas vezes em Piracicaba, o primeiro mandato sendo de 1956-1960 e o segundo de 1964-1968. Era um prefeito muito popular, que também já havia sido diretor do Lar dos Velhinhos. No dia 7 de julho de 1968, após voltar de um almoço no Lar dos Velhinhos, teve um ataque miocárdio e veio a óbito. A cidade lhe rendeu a maior homenagem que um homem público poderia receber. Seu funeral foi o de um verdadeiro estadista. Foi o maior funeral até hoje registrado na história de Piracicaba. Para se ter uma ideia, o enterro saiu da Catedral de Santo Antônio, e subiu a Rua Moraes Barros. Seu corpo estava chegando ao Cemitério da Saudade e ainda havia gente saindo da Igreja. A população formou uma 'parede humana’ nas calçadas em toda a extensão da Moraes Barros (IHGP, 2003, p. 25).
A subsérie também incluí a posse de Nélio Ferraz de Arruda, vice de Guidotti, que assumiu a prefeitura de Piracicaba em uma solenidade que teve lugar na Câmara Municipal no dia 04 de julho de 1968.
Cortejo fúnebre de Luciano Guidotti chegando ao Cemitério da Saudade.
Chegada do féretro ao Cemitério da Saudade. Homens carregam o caixão: da esquerda para a direita, José Luiz Guidotti, Jorge Antônio Angeli, militar não identificado e Francisco Antônio Coelho.
Iconografia em preto e branco da fachada do Cemitério da Saudade de Piracicaba. Sem identificação de datação e procedência.
Iconografia de um sino e acima dele há o rosto de um anjo, localizados no Cemitério da Saudade de Piracicaba. Fotografia de Davi Negri, sem datação.