Fotografias, datadas do ano 2000 e de autoria do repórter fotográfico Davi Negri, que registram a visita do vereador Antônio Oswaldo Storel ao chamado "cadeião" de Piracicaba, penitenciária localizado na estrada que liga o município de Piracicaba a Limeira (Rodovia Deputado Laércio Corte.). No ano em questão foi protocolado uma moção (nº13/00), assinado por todos os vereadores, de apelo ao Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo para a reforma da localidade, com seguinte redação.
"Considerando as desastrosas ocorrências acontecidas no Cadeião DACAR 9, desde a sua inauguração até a presente data; Considerando que a ocorrência contínua de tais fatos, resultando em fugas constantes, assassinatos de presos, rebeliões, resgates, etc, além de produzir uma situação de total insegurança para a sociedade piracicabana, especialmente para as famílias dos detentos, vem demonstrar de forma clara, a total inviabilidade da forma como vem sendo conduzida a administração da instituição; Considerando que um dos fatores cruciais para a situação que está sendo vivenciada nos dias atuais é a condição altamente precária do prédio, tanto no que diz respeito à segurança da construção como à funcionalidade do sistema; Considerando que somente a execução de uma reforma racional do referido prédio, sustentada por orientação técnica e pela experiência vivida nestes anos de funcionamento poderá viabilizar a continuidade da ocupação em condições aceitáveis; Considerando finalmente, que as condições atuais caracterizam calamidade pública e emergência absoluta para justificar ação imediata do Poder Executivo;"
Destaca-se que em janeiro de 2000 ocorreu uma expressiva rebelião na localidade, como é citado em matéria do jornal a Folha Online (Uol), na qual consta que: "Os cerca de 670 presos da cadeia de Piracicaba (a 170 km de São Paulo) estão rebelados a 20 horas, desde às 15h de domingo. Há pelo menos 70 pessoas mantidas como reféns, além de dois carcereiros. No domingo, um preso morreu, e três policiais -dois civis e um militar- ficaram feridos na troca de tiros. Um dos policiais foi ferido no olho e está em coma. Os presos amotinados arrombaram o depósito da cadeia e conseguiram se armar com uma metralhadora, seis espingardas calibre 12, seis pistolas e 11 revólveres. Esta é a quarta rebelião na cadeia desde a inauguração, em 1996."
A situação do cadeião também é citada em uma matéria da Folha de São Paulo, de 05 de julho de 2000, intitulada "Crise Carcerária", na qual cita-se: "A cadeia tem dez túneis cavados pelos presos que ainda não foram fechados, está com tubulações de água rompidas, que provocam vazamentos ininterruptos de água, telhas quebradas e o esgoto a céu aberto. O setor administrativo da cadeia e dois pavilhões foram destruídos pelo fogo, durante a rebelião."