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Recorte do “Jornal de Piracicaba”, em matéria intitulado “Escola Normal – agradecimento do cônsul japonês”, que conta que o diretor Honorato Faustino havia recebido do cônsul geral japonês, em São Paulo, um ofício muito lisonjeiro, que dizia: “Devendo proximamente o senhor Itsuro Ariyama deixar essa Escola, cujas aulas frequentou como ouvinte, venho apresentar-lhe os meus melhores agradecimentos pelas atenções que dignou dispensar ao meu jovem compatriota. É me grato reconhecer que – devido à esclarecida orientação de vosso senhor e do corpo docente desse bem organizado instituto – o senhor Ariyama, em bem curto espaço de tempo, realizou notáveis progressos, sobretudo no conhecimento da língua portuguesa; também muito concorreu para facilitar o seu aproveitamento e para tornar-lhe agradável a permanência na Escola o acolhimento que lhe foi dispensado pelos colegas brasileiros. Rogo, pois, a vosso senhor, que queira ser, junto a todos, o intérprete dos meus sentimentos de gratidão, aceitando os meus protestos de alta estima e elevada consideração” (em transcrição livre).

Matéria do “Jornal de Piracicaba”, de 07 de março de 1926, intitulada “O ensino de música – orpheons infantis”, em que transcreve um texto publicado no jornal “A Gazeta”, de São Paulo, que trata sobre a disciplina de música, onde se lê: “Ainda há bem poucos dias o maestro João Gomes Junior, em viagem de inspeção às escolas de Piracicaba, teve oportunidade de observar o progresso em que se encontra o ensino de música nessa adiantada cidade. Entusiasmado com esse fato e desejando estimular, ainda mais, os professores locais, o sr. J. Gomes, cujo nome é bastante conhecido nos meios artísticos do país discorreu sobre o assunto no anfiteatro da Escola Normal... Do termo deixado pelo maestro João Gomes no livro de visitas da Escola Normal, destacamos o seguinte trecho referente ao Orpheon Infantil: ‘Assisti ao Orpheon Infantil, sob a direção do professor dr. Honorato Faustino. Deixo os meus aplausos com entusiasmo pelo modo que cantaram diversas canções, com bastante alma e vida. Está nesta Escola definitivamente inaugurado esse Orpheon” (em transcrição livre).

Recorte do “Jornal de Piracicaba”, de 07 de outubro de 1923, em matéria intitulada “Orpheon da Escola Normal”, sobre uma adição realizada por aquele coral, regido por Fabiano Lozano. Segundo a tal “A assistência era avaliada em mais ou menos um milhar de pessoas, estando o amplo e belo salão nobre do Colégio Piracicabano – gentilmente cedido pela sua ilustrada diretora – literalmente cheio, tanto a nave como as galerias” (em transcrição livre). Na matéria tem a informação que os ingressos especiais para tal evento haviam sido distribuídos “Quer isto dizer que todos os convidados se julgaram na obrigação de não faltar na certeza de gozarem uma serenata de arte como há muito não se reproduzem aqui” (em transcrição livre). Também consta o programa completo executado, a primeira parte da apresentação iniciou-se com o Hino Nacional a 4 vozes mistas, e incluiu: “Pátria” (Sacchi), “Momento Musical” (Schubert), “Dança das Fadas” (Gregh). “Estava vencida a primeira etapa do programa e com ela já se delineara o trunfo do professor Lozano e de seus admiráveis alunos. A nossa plateia, que é, em geral, fria e pouco amiga de expressões, não regateava nem aplausos nem comentários de íntima satisfação” (em transcrição livre). A segunda parte iniciou-se com o “Hino da Proclamação da República”, momento em que, segundo a matéria, houve um pequeno “incidente”, uma vez que, apesar de ser um dever cívico ouvir em pé os hinos oficiais, grande parte da plateia permaneceu sentada. Na opinião do jornal, tal ato não era relevante e nem configurava uma quebra de praxe, uma vez que tal não era propriamente um hino, mas sim, arranjos finos de louvo a arte. Outras canções apresentadas foram: “Amor” (Sacchi), “Serenata Galante” (Ranzano), “Barcelona” (Braga), “Serenata” (Sacchi), Reverie (Schumann) e “Marcha Tannabäuser” (Wagner). Segunda a matéria o “clou(1) da audição” foi a apresentação de Reverie, um canto sem palavras a 4 vozes mistas e a bocca chiusa. Após o detalhado, há um informativo no final da matéria que diz: “Nos próximos números o nosso colaborador, que se oculta sob o pseudônimo de Eros, dirá as suas impressões sobre a bela audição” (em transcrição livre).

Matéria do “Jornal de Piracicaba”, de 09 de outubro de 1923, intitulada “Escola Normal”, em que transcreve carta do sr. dr. Honorato Faustino endereçada ao jornal, onde se lê: “Venho agradecer a essa ilustrada redação a minuciosa notícia do concerto de nosso Orpheon. Isso estimula-nos a prosseguirmos, os que aqui trabalhamos, na intenção que sempre tivemos de manter o renome de que goza esta escola, para honra de Piracicaba e de nosso Estado” (em transcrição livre).

Recorte do “Jornal de Piracicaba”, de 11 de julho de 1927, em matéria intitulada “Notas de Arte: palavras de Marcello Tupynambá sobre a cultura musical piracicabana”, na qual versa que o ilustre maestro Marcello Tupynambá, que havia feito um concerto no Teatro Santo Estevão disse as seguintes palavras sobre a cultura musical de Piracicaba: “Fiquei maravilhado com o que vi e ouvi na poética cidade de Piracicaba. A plateia piracicabana já não comporta artistas medíocres; sabe julgar e discernir com propriedade do valor dos artistas. O meu primeiro entusiasmo foi na Escola Normal. O diretor dessa casa de instruções secundárias, doutor Honorato Faustino é um benemérito na questão. Com sua capacidade extraordinária, espantosa, ela fez coisa difícil de se conseguir em qualquer parte do mundo: fazer das vozes das crianças, quatro vozes. É uma maravilha sem igual em todo o Brasil. Há harmonia perfeita, muita afinação. Quase todos os cantos são de sua lavra. O Orpheon Piracicabano é um conjunto de artistas, um coral difícil até de se idealizar. Pela primeira vez tive a grata satisfação de ouvir o nosso Hino cantado a quatro vozes. Penso que assim nunca se cantou a bela página musical no Brasil. É a última realização artística do nosso tempo. Podemos dizer: em realizações artísticas completas, só a Rússia e Piracicaba. Quando nossa pátria cantar como o Orpheon do maestro Lozano, poderemos dizer com acerto que o Brasil é o Povo Cantor. Ouvi, por gentileza cativante do maestro Lozano musicas minhas, cantadas pelo Orpheon. Senti-as bem minhas e exultei de satisfação. O maestro Lozano é um portento digno de admiração em todo o mundo” (em transcrição livre).

Recorte do “Jornal de Piracicaba”, de 13 de agosto de 1918, que diz: “O abalizado maestro senhor João Gomes Junior, em visita a Escola Normal e inspeção as aulas de música, mostrou-se francamente entusiasmado pela disciplina, boa ordem e adiantamento dos alunos, tecendo francos elogios à orientação que se tem dado ali ao ensino de musica” (em transcrição livre).

Matéria do “Jornal de Piracicaba”, de 14 de novembro de 1923, intitulada “O Orpheon da Normal – Elogio ao prof. Lozano”, onde se lê: “O sr. Sud Mennucci, delegado regional do Ensino nesta cidade, recebeu do sr. Guilherme Kuhlmann, diretor geral da Instrução Pública do Estado, o seguinte ofício: ‘São Paulo, 12 de novembro de 1923. Sr. Delegado Regional. Piracicaba. Com satisfação, determino-vos seja o professor Fabiano Lozano, da cadeira de Música da Escola Normal de Piracicaba, elogiado pelo brilhantismo com que o Orpheon sob sua direção, se desempenhou da festa magnífica de confraternização, realizada na Escola Normal da Praça da República, no dia 10 da corrente”. (em transcrição livre)

Recorte do “Jornal de Piracicaba”, de 15 de abril de 1928, intitulado “Escola Normal” e subtitulado “Justa Homenagem”. A matéria traz como notícia a festa literário-musical, realizada em homenagem a despedida do Doutor Honorato Faustino, que dirigiu a escola por 24 anos. Tal recorte, traz de modo descritivo o programa executado durante a solenidade, como por exemplo, abertura da sessão pelo professor Manoel de Almeida, então diretor interino da escola, apresentação de “A voz do vento”, composta pelo homenageado e cantada a 3 vozes pelo Orpheon (coral) da Escola Modelo, bem como outras apresentações musicais, saudações e discursos dos alunos e professores da escola.

Matéria do “Jornal de Piracicaba”, de 18 de fevereiro de 1928, intitulada “Aniversário”, onde se lê: “Passou ontem o aniversário natalício do sr. dr. Honorato Faustino de Oliveira, ilustrado educador que, há anos, vem dirigindo com proficiência, a Escola Normal desta cidade. Às muitas felicitações que recebeu juntamos as nossas” (em transcrição livre).

Matéria do “Jornal de Piracicaba”, de 26 de outubro de 1923, intitulada “Orpheon da Escola Normal”, onde se lê: “No próximo mês de novembro seguirá para São Paulo, onde se fará ouvir perante os membros do governo do Estado, o magnífico Orpheon da Escola Normal, essa admirável organização artística dirigida pela competência do maestro Fabiano Lozano” (em transcrição livre).