Edifícios

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              DP. 04/07/1965
              M.C CE-E.L.Q-02-DP-43 · Item · 04 de julho de 1965
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              Diário de Piracicaba, de 04 de julho de 1965 (domingo)

              A edição do Diário de Piracicaba de 04 de julho de 1965, traz a seguinte manchete em destaque na capa: “A CATÁSTROFE DO PRÉDIO DA COMURBA – LAUDO PERICIAL SOBRE O DESABAMENTO SERÁ CONCLUÍDO AINDA ESTE MÊS – Informação foi prestada pelo dr. Ernesto de Araújo, perito da Polícia Técnica de São Paulo, ao prefeito municipal”. De acordo com a notícia, um dos peritos responsáveis pelo levantamento pericial das causas do desabamento parcial do Edifício Luiz de Queiroz compareceu ao local da catástrofe e informou que o laudo pericial deveria ser concluído até o final do mês de julho, e o bloco remanescente liberado para a Comurba com o intuito de serem tomadas as providências.

              A edição traz também alguns assuntos como: “II Salão Piracicabano de Arte Infanto-Juvenil – Continuam chegando inscrições para a mostra de arte”, “Clube “Coronel Barbosa””, “Iniciados os preparativos para a I FAIPI”, “Piracicaba de hoje”, bem como alguns anúncios.

              DP. 21/11/1965
              M.C CE-E.L.Q-02-DP-50 · Item · 21 de novembro de 1965
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              Diário de Piracicaba, de 21 de novembro de 1965 (domingo)

              A edição do Diário de Piracicaba de 21 de novembro de 1965, traz a seguinte manchete: “MAIS UMA VOZ SE LEVANTA PEDINDO PROVIDÊNCIAS – Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Piracicaba oficiou ao secretário da Segurança Pública - <<Ainda perdura a impressão de que a parte remanescente não oferece segurança>>. Segundo a matéria: “Como se observa, é mais uma voz que se levanta em protesto contra o estado de coisas em torno do prédio sinistrado. Situação que chega as raias de verdadeiro acinte a uma comunidade, pelo muito que deveria já ter sido feito, pelo quase nada que se fez de prático e objetivo no sentido de ser concluído sem tardança o laudo pericial que deverá dizer das causas e responsabilidades do sinistro e do destino do bloco remanescente”.

              Outras matérias:
              “Iluminação feérica das ruas para festas de fim-de-ano”, “Lazaro Antunes Oliveira será julgado amanhã”, “Sem custo de vida estabilizado, cruzeiro novo não funcionará”, “Lançamento da primeira pedra do Centro Social Rural de Campestre”, “Nas escolas primárias: Alunos que obtiveram média em junho e setembro não farão exames”, “Manhã de autógrafos e declamações no “Pilão””, “Ato Complementar Nº 4 a qualquer momento: apenas dois partidos”, “Eleição indireta para governador voltou a ser debatida na Assembleia”, “Cruzeiro novo provocará desentesouramento”, “Curso de arte culinária “Doce Lar União””, assim como alguns anúncios.

              Jornal de Piracicaba
              M.C CE-E.L.Q-02-JP · Subseries · 1964-1965
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              Subsérie do periódico Jornal de Piracicaba, que tratam do episódio de desabamento, em 06 de novembro de 1964, do Edifício Luiz de Queiroz, popularmente conhecido como Comurba. Os jornais trazem as notícias dos dias subsequentes ao desabamento, bem como ações dos poderes executivo e legislativo, técnicas, assistenciais da sociedade civil (organizadas e não-organizadas) que foram realizadas no âmbito do munícipio naquele período.

              Untitled
              JP. 06/11/1964
              M.C CE-E.L.Q-02-JP-02 · Item · 06 de novembro de 1964
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              Jornal de Piracicaba, de 06 de novembro de 1964 (sexta-feira)

              Na página 3, no lado esquerdo, na parte inferior da folha, há a seção “Cinemas – Programas de hoje”, que traz a programação dos cinemas da cidade. Nesse dia, 06 de novembro de 1964, dia da queda do Edifício Comurba, estava em cartaz, pelo segundo dia, no Cine Plaza, cinema localizado no térreo do Comurba, o filme “A vida pecadora de Christine Keller”. O anúncio traz a informação de que a sessão seria às 20 horas. Essa sessão não chegou a acontecer, eis que, no início da tarde desse dia 06 de novembro, houve a queda de parte do Comurba, mais especificamente a metade ao lado da Rua Prudente de Moraes.
              A edição traz ainda notícias, artigos, anúncios comerciais e profissionais, programações culturais e crônica social.

              JP. 07/11/1964
              M.C CE-E.L.Q-02-JP-03 · Item · 07 de novembro de 1964
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              Jornal de Piracicaba, de 07 de novembro de 1964 (sábado)

              A edição desse dia dá grande destaque à queda do Edifício Comurba, ocorrida no dia anterior. A capa do jornal é quase inteiramente dedicada à cobertura da tragédia. A manchete trazia o seguinte título: “Impressionante catástrofe abalou a cidade”. Abaixo da manchete, há um texto, que resumia os assuntos abordados na matéria, com o seguinte teor: “Ruiu metade do Edifício ‘Luiz de Queiroz’, destruindo totalmente o Cine Plaza – Socorros aos feridos e solidariedade em face da pavorosa tragédia. 14 mortos, cerca de 20 desaparecidos e numerosos feridos, o trágico balanço do desastre. Continuam os trabalhos de desentulho, seguidos ansiosamente por membros das famílias dos desaparecidos”.
              Devido a técnicas de formatação de jornais da época, a longa matéria que se segue se inicia na página 1 e continua na página 4. Essa edição do jornal foi a do dia seguinte ao acontecido. Trazia, no frescor do momento, relatos minuciosos os mais diversos. Em virtude disso, dessas verdadeiras preciosidades jornalísticas, a matéria referente ao assunto será transcrita, a seguir, em sua íntegra:
              “Piracicaba foi abalada ontem por uma das maiores tragédias de que há memoria em seus anais: ruiu a metade do Edifício ‘Luiz de Queiroz’, de 15 andares, que era o orgulho dos piracicabanos, pela imponência de sua arquitetura, e pela grandiosidade da construção, que era a maior em área construída do interior do Estado, pois abrangia 22.000 metros quadrados de construção, em plena Praça José Bonifácio”.

              “O QUE ERA O EDIFÍCIO ‘LUIZ DE QUEIROZ’ - O edifício, palco da tragédia sem precedentes em nossa cidade era um monumento de arrojo e de fé dos piracicabanos. Quando se ultimou a reforma da Praça José Bonifácio, no fim do governo Samuel Neves e princípios da primeira administração Luciano Guidotti, um terreno imenso ali ficou, de vários proprietários, sem que um plano surgisse para realizar algo de grandioso pela cidade. Com as gestões do comendador Luciano Guidotti, um pugilo de piracicabanos resolveu formar uma incorporação, com a finalidade de construir um edifício grandioso, que bem traduzisse os anseios de progresso da cidade. Nasceu assim a Cia. de Melhoramentos Urbanos – Comurba, com cerca de 100 acionistas. O seu presidente é o dr. Raul Coury. Foi instituído um concurso de projetos, saindo vencedor o arquiteto Fabio Penteado, um dos mais renomados nomes da moderna arquitetura brasileira, que assinou inúmeros projetos da maior responsabilidade em São Paulo. Os estudos de sondagens do subsolo foram confiados à Geotecnica, uma das mais idôneas firmas na especialidade, na capital paulista, que para aqui se transportou com seu aparelhamento tendo perfurado o subsolo, encontrando vasta diabase, que foi perfurada em 10,5 metros de espessura. Assim, sobre rocha viva, de mais de 10 metros de altura, se assentaram os poços de concreto de onde nasceram as colunas de sustentação do edifício. Os cálculos foram realizados por escritório contratado, também da capital paulista, Moura Abreu, calculistas de grandes estruturas de São Paulo. A construção foi confiada a duas firmas da cidade: Holand Limitada e Coury Limitada, que trabalharam sob a orientação dos especialistas paulistanos. O Edifício ‘Luiz de Queiroz’, como dissemos, tem 22.000 metros quadrados de construção, sendo dividido em dois corpos distintos: um, que vai da rua São José até a metade, mais ou menos, constituído por salas para escritórios, um clube, e galeria de lojas, e outro, o que ruiu, unido por uma junta de dilatação, e que continha 54 apartamentos, já em fase de acabamento, e 6 lojas. Sob o edifício, havia uma garage com capacidade para mais de 50 automóveis. Para se avaliar o tamanho do prédio, basta dizer que, somente a área da garagem do Edifício ‘Luiz de Queiroz’, era maior do que todo o Edifício ‘Santo Antonio’, sito à rua da Boa Morte”.

              “COMO SE DEU O DESASTRE - Seriam 13:35 horas, em meio a silencio, sem dar o menor sinal, sem ter se observado trinca ou rachadura, abruptamente, toda a ala que dá para a rua Prudente de Moraes, do prédio da Comurba, veio abaixo, com grande estrondo, levantando-se uma nuvem de caliça que escureceu por completo toda a Praça José Bonifácio. Estarrecidas, centenas de pessoas que se achavam naquela parte do centro da cidade, voltaram suas vistas para o Edifício ‘Luiz de Queiroz, que toma todo quarteirão entre as ruas São José e Prudente de Moraes, percebendo, desde logo, o alcance da catástrofe. Passado o traumatismo que o desastre provocara nas centenas de pessoas que presenciaram, pode-se dizer que todos que estavam no centro da cidade correram para o local, na tentativa de prestar ajuda aos atingidos, que se previa serem muitos, considerando-se o tamanho da parte do edifício desmoronado, com 15 andares e 45 metros de largura. Isso fez estabelecer-se no local enorme confusão, com gritaria de parentes de possíveis vítimas, pois além dos operários que ali trabalhavam, calculados em trinta, o movimento de pedestres e de automóveis naquele momento era grande, como costuma ser nas primeiras horas da tarde, o que faz prever que o número de vítimas vá além de três dezenas”.

              "CORDÃO DE ISOLAMENTO - Com a chegada da polícia e do corpo de bombeiros, logo foi estabelecido o cordão de isolamento para evitar novos desastres, desde que o povo afluia para a Praça José Bonifácio de todos os pontos da cidade. No perímetro central o tráfego se tornou intenso, sendo impossível o estaciona- mento de carros. Era visível a angústia de todos, que procuravam notícias, solidarizando-se com o pesar de muitos lares piracicabanos. As indústrias locais, secundando os poderes públicos, se movimentaram para prestar socorros. Possantes máquinas começaram os serviços de remoção dos escombros, enquanto que da região e de São Paulo unidades de corpos de bombeiros rumavam para Piracicaba. Graças à compreensão geral, os trabalhos foram realizados com grande eficiência, prosseguindo durante toda a noite na remoção dos entulhos e busca das pessoas soterradas”.

              “SALVA EM EMOCIONANTE LANCE - Na ocasião do desabamento, se encontravam na ‘bomboniere’ o sr. Victorio Moretti, funcionário do cinema e a srta. Clarice Carrel, que ali trabalhava. Mais de uma hora depois do desastre, quando o proprietário de um Simca, que se achava na garagem do prédio, foi ali retirá-lo, (com risco de vida) veio informando ter ouvido gemidos lá na garagem. Bombeiros e o dr. Raul Coury para lá se dirigiram e acabaram por localizar Clarice, que gemia e pedia socorro. Estava presa entre vigas de cimento armado, traves de madeira e ferro. A muito custo foi aberta passagem, cortando cimento, serrando madeira e ferro, dali retirando a vítima, após 4 horas de sofrimentos. Transportada para a Santa Casa, foram constatados sérios ferimentos, mas até a hora que redigíamos esta nota, estava reagindo bem”.

              “UMA FAMÍLIA INTEIRA VITIMADA - Nota das mais dolorosas foi a tragédia que se abateu sobre a família do sr. Francisco Candeias Coroa, proprietário da conhecida Casa Portuguesa: residindo no prédio ao lado, na rua Prudente de Moraes, nos altos da Casa Opera, que ficou completamente destruída, a sra. d. Maria Isabel Marques Pereira, sogra do sr. Francisco Candeias Coroa, e estando doente, para lá se dirigiram suas filhas d. Almerinda Pereira Coroa, esposa do sr. Francisco, sua filhinha Fatima Aparecida Pereira Coroa e suas irmãs Maria do Carmo Marques Pereira e Adelia Marques Pereira. Todos esses cinco membros da família foram apanhados pelos escombros, vindo a falecer no local da tragédia. Ao lado da casa, dentro do automóvel e aguardando as outras senhoras, encontrava-se a sra. profª Maria de Lourdes Pereira, professora do Instituto de Educação Sud Mennucci e esposa do prof. Evaristo Marques Pereira, que também foi gravemente atingida, sendo transportada para a Santa Casa, sendo grave seu estado”.

              “CINCO AUTOMÓVEIS SOB ESCOMBROS - Cinco automóveis ficaram sob os escombros. Um deles, do dr. Orlando Veneziano, foi deixado segundos antes ali estacionado, pois mal o causídico atingira o edifício da Caixa Econômica, ali em frente, rumo ao Forum, o prédio caiu, escapando assim por instantes, apenas. Transitando pelo local, depois de ter estado na Casa Opera, morreu tragicamente o sr. Antonio Neder, antigo e estimado comerciante nesta cidade”.

              “OS SOCORROS AOS FERIDOS - Imediatamente após a catástrofe, o Pronto Socorro Municipal e o Samdú acorreram ao local, assim como elementos do Corpo de Bombeiros, autoridades policiais e municipais, enquanto que a equipe da Santa Casa de Misericórdia se punha a postos, a fim de socorrer os feridos. Impressionante a ocorrência de pessoas ao banco de sangue da Santa Casa, notadamente de operários de várias indústrias. O Corpo de Bombeiros de Campinas acorreu com viaturas, enquanto que a Colsan de São Paulo comunicava ao nosocômio que estava providenciando um avião da FAB para remeter sangue para os feridos. De Campinas, da Associação Médica, veio oferecimento de ajuda. De Rio Claro, numa comovedora prova de solidariedade, para aqui rumaram duas ambulâncias: uma do Círculo Operário de Rio Claro e outra da Casa de Saúde e Maternidade Santa Filomena. Aqui estiveram os médicos rio-clarenses drs. Jedaias Norberto, Augusto Motta, Luiz Ângelo, Dirceu Penteado, Cândido Alvarenga, José Takara, José Marciano, da Santa Casa daquela cidade e do Hospital Santa Filomena. Também de Limeira, Rio das Pedras, São Pedro e de Ribeirão Preto a classe médica ofereceu sua solidariedade”.

              “DESTRUÍDO TODO O CINE PLAZA - A magnífica casa de espetáculos, que era o Cine Plaza, foi inteiramente destruída: cabines de projeção e cerca da metade da plateia, bem como o saguão de entrada. Felizmente, o desastre ocorreu com a casa vazia”.

              “FERIDOS SOCORRIDOS NA SANTA CASA - Afora os que apresentaram pequenas escoriações, foram socorridos na Santa Casa: Sebastião Antonio Queiroz, rua José Pinto de Almeida 2172; Marcos Palombo, Av. Prudente de Moraes, Rio Claro; Iolanda Doná Silva, rua Prudente de Moraes 670; Cláudio Pires da Silva, rua Prudente de Moraes 670; Vera Lúcia da Silva, mesmo endereço; Anísio Pereira da Silva, Corumbataí; Maria Aparecida Arruda, Água Santa”.

              “DEPOIMENTO IMPRESSIONANTE - Depoimento dos mais impressionantes colhemos do sr. Luiz Andia, um dos proprietários do Cine Plaza, que no justo momento em que caiu o prédio, nele se encontrava, junto com seu progenitor e dr. Alcides Martinelli F.o, no escritório do cinema: disse-nos o sr. Andia que de repente o chão começou a tremer violentamente, as paredes foram sacudidas como num terremoto, e uma nuvem os envolveu a todos os três, que escaparam milagrosamente, pois ficaram exatamente onde a fratura do prédio se deu, pois de onde se encontravam a três metros em diante, tudo ficou soterrado. O escritório do cinema fica ao lado esquerdo do saguão de entrada, enquanto que do lado direito ficavam as bilheterias e a bomboniere, que foram destruídas completamente”.

              “OS MORTOS - Foram retirados os seguintes corpos, dos escombros: Maria Isabel Pereira; Almerinda Pereira Coroa; Fatima Aparecida Pereira Coroa; Maria do Carmo Marques Pereira; Adelia Marques Pereira; Emilia Alonso Crivelari; José Francisco Telles Rodrigues, estudante de Agronomia e que residia na pensão sita à rua Prudente 670; Nestor Gilberto de Lima; Gilberto Sizoto 16 anos; Afonso Mendes de Barros 15 anos; Clovis Galvani, 9 anos; Antonio Neder, Adail Ribeiro Filho, contínuo do Banco do Brasil e Ludovico Felipe Neto”.

              "DESAPARECIDOS – Segundo informações da direção da Comurba, estariam trabalhando na ala do edifício que desabou cerca de 20 operários, entre os quais o mestre de obras sr. Ovidio Magri; o sr. Manoel Ferreira Grosso, mestre dos carpinteiros. Na ‘bomboniere’ do Cine Plaza se achava o sr. Vitorio Moretti. Todos estão desaparecidos, temendo-se serem encontrados durante a remoção dos escombros”.

              “AUTORIDADES PRESENTES - Ao encerrarmos esta edição, já se encontravam na cidade autoridades estaduais, entre as quais o Secretário da Saúde, sr. Arquimedes Lamoglia. Tomando conhecimento da tragédia, o dr. Hugo de Almeida Leme, ministro da Agricultura, que se encontrava em Brasília, imediatamente rumou para nossa cidade, devendo ter chegado por volta de 1,30 horas. É que a notícia se espalhou para todo o Brasil, que se voltou para Piracicaba, procurando acompanhar o desenrolar do acontecimento. Embora o sr. prefeito municipal não se encontrasse na cidade, tendo somente chegado às últimas horas da noite, segundo informações que recebemos em palestra que mantivemos com o sr. Lázaro Pinto Sampaio, presidente da Câmara Municipal, o Município deverá decretar luto em virtude da tragédia. A Câmara, na próxima segunda-feira, somente abrirá os trabalhos, encerrando-se a sessão em seguida, em sinal de pesar”.

              A edição traz, além da matéria principal, outras partes referentes à queda do Comurba. Na primeira página, na parte inferior, no centro, há a seguinte nota:
              “O ‘Diário’ não circulou hoje – Em virtude da interdição da rua Prudente de Moraes, entre a Praça José Bonifácio e rua Alferes José Caetano, onde estão localizadas a redação e a oficina do ‘Diário de Piracicaba’, esse jornal não está circulando hoje”. Nessa ocasião, um jornal, cuja função é dar notícia, acabou sendo ele o objeto da notícia.

              Também na primeira página, na parte inferior, há a seguinte nota:
              “Centro Cultural e Recreativo ‘Cristóvão Colombo’ – Comunicado – A Diretoria do Centro Cultural e Recreativo ‘Cristóvão Colombo’, associando-se ao pesar de toda a cidade, abalada com o trágico acontecimento de ontem, resolveu transferir a realização do ‘Baile da Saudade’ programado para a noite de hoje. Ermor Zambello – Presidente”.

              Ainda na primeira página, no lado direito, há a seguinte nota:
              “O Centro Acadêmico ‘Luiz de Queiroz’, tendo em vista o inesperado acontecimento que abalou toda a população noivacolinense, vem comunicar que as solenidades de posse da nova diretoria marcadas para o dia de hoje, foram adiadas ‘sine die’. Na oportunidade os estudantes de Agronomia através desse órgão representativo manifestam seu pesar a todas as famílias enlutadas. Egon János Szenttamasy – Presidente”.

              Também na primeira página, no lado direito, parte inferior, há a seguinte nota:
              “ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA ‘LUIZ DE QUEIROZ’ - O prof. Erico da Rocha Nobre, respondendo pela Diretoria da Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ da Universidade de São Paulo, em face do infausto acontecimento que abalou toda a cidade — o desabamento de parte do Edifício ‘Luiz de Queiroz’ deliberou suspender, hoje, o funcionamento da Escola, apresentando pêsames às famílias atingidas pelo doloroso desastre. A Diretoria”.

              Na página 4, na parte inferior, no lado direito, há a seguinte nota:
              “Clube Atlético Piracicabano – Luto Oficial - Em virtude do infausto acontecimento que enlutou toda a cidade, a diretoria do Clube Atlético Piracicabano resolveu decretar luto oficial por 3 dias, cancelando todas as atividades sociais. José Roberto Caldari — Presidente”.

              Também na página 4, no lado direito, há a seção “Necrologia”, que traz nomes de pessoas que faleceram na queda do Edifício Comurba:
              “Jovem Clóvis Galvani – Faleceu ontem nesta cidade, em consequência da catástrofe que enlutou Piracicaba o jovem Clóvis Galvani. O extinto era filho do sr. Anersio Galvani e de d. Terezinha Galina Galvani. Deixou os irmãos: João, Rosa, Francisca, Ana e Isabel Galvani. Seu sepultamento dar-se-á hoje, às 11,30 horas, saindo o féretro da rua Barão de Serra Negra, 305 (Vila Rezende), para a necrópole da Saudade, onde será inumado em jazigo perpétuo da família".

              "Sra. Emília Alonso Crivelari - Faleceu ontem em consequência da catástrofe, do desabamento do prédio Comurba, a sra. d. Emília Alonso Crivelari. A extinta era casada com o sr. Domingos Crivelari Filho. Deixou uma filha: Maria das Graças Crivelari, menor. A extinta era filha do sr. José Alonso Gonsales e de d. Maria Engracia Garcia. Eram seus irmãos: Ida, casada com o sr. José Alipio Gallo; Eurides, Luiz, Carmen e Maria Bernardete, solteiros. Seu sepultamento dar-se-á hoje, às 9,30 horas, saindo a urna mortuária da rua Fernando de Souza Costa, 2589, para a necrópole da Saudade, sendo seu corpo inumado em jazigo perpétuo da família".

              "Sr. Ludovico Felippe Netto (Ico) - Faleceu ontem, vítima do desabamento do prédio Comurba, o sr. Ludovico Felippe Netto. Contava 33 anos de idade, era casado com d. Avelina Galvani Felippe e deixou os filhos menores: Normelia, Nereire e Neidir Felippe. Eram seus pais: sr. Carlos Felippe e d. Maria do Carmo Felippe. Seu sepultamento dar-se-á hoje, às 11,30 horas, saindo a urna mortuária da rua Barão de Serra Negra, 305, para a necrópole da Saudade, onde será inumado em jazigo perpétuo da família".

              À parte o conteúdo referente ao Edifício Comurba, o jornal trazia referências a outros assuntos. Na primeira página, no lado esquerdo, na parte inferior, há uma nota, com o seguinte teor:
              “Na PRD 6 Rádio Difusora de Piracicaba – Ouçam amanhã das 21 às 23hs, por ocasião do encerramento da Convenção da União Democrática Nacional em São Paulo, o discurso do seu candidato à Presidência da República, o ínclito e impoluto governador Carlos Lacerda. Caravana a São Paulo – Partirá amanhã às 17 horas da Praça da Catedral a representação que Piracicaba enviará à capital do Estado, a fim de prestigiar o encerramento da convenção pró candidatura de Lacerda 66. Contribuição do Comitê Piracicaba pró Lacerda 66”.

              A ditadura militar estava no poder havia seis meses e, naquele período, acreditava-se que os militares, num futuro breve, devolveriam à população o direito de eleger um presidente da República através de eleições diretas. Por isso a movimentação em torno da candidatura de Carlos Lacerda para as eleições que, cria-se, em breve aconteceriam. Como sabido, a Presidência voltou aos civis somente em 1985, e as desejadas eleições presidenciais só ocorreram em 1989.
              A edição traz ainda demais notícias, crônicas sociais, anúncios comerciais e profissionais.

              JP. 11/11/1964
              M.C CE-E.L.Q-02-JP-06 · Item · 11 de novembro de 1964
              Part of COLEÇÕES ESPECIAIS

              Jornal de Piracicaba, de 11 de novembro de 1964 (quarta-feira)

              A primeira página traz, em destaque, a cobertura da queda do Edifício Comurba. A manchete da edição é a seguinte: “CIDADE AINDA PERMANECE EM VIGÍLIA”. Abaixo da manchete, há um texto, que resumia os assuntos abordados na matéria, com o seguinte teor: “Impasse técnico paralisa praticamente os trabalhos de remoção dos escombros – Aguarda-se a palavra e a ação dos especialistas para conservar ou condenar o que resta do Edifício ‘Luiz de Queiroz’ – Amplia-se rapidamente movimento em prol das famílias necessitadas das vítimas da catástrofe que enlutou a cidade”.

              JP. 22/11/1964
              M.C CE-E.L.Q-02-JP-16 · Item · 22 de novembro de 1964
              Part of COLEÇÕES ESPECIAIS

              Jornal de Piracicaba, de 22 de novembro de 1964 (domingo)

              Com o passar do tempo, o espaço dedicado à cobertura da queda do Edifício Comurba, naturalmente, diminuía. A primeira página traz, no centro da folha, uma nota, intitulada “Campanha popular do ‘Jornal’”, em referência ao “socorro às famílias das vítimas do desabamento do Edifício ‘Comurba’”.

              JP. 25/11/1964
              M.C CE-E.L.Q-02-JP-18 · Item · 25 de novembro de 1964
              Part of COLEÇÕES ESPECIAIS

              Jornal de Piracicaba, de 25 de novembro de 1964 (quarta-feira)

              Com o passar do tempo, o espaço dedicado à cobertura da queda do Edifício Comurba, naturalmente, diminuía. A primeira página traz, no centro da folha, uma nota, intitulada “Campanha popular do ‘Jornal’”, em referência ao “socorro às famílias das vítimas do desabamento do Edifício ‘Comurba’”.

              JP. 16/03/1965
              M.C CE-E.L.Q-02-JP-27 · Item · 16 de março de 1965
              Part of COLEÇÕES ESPECIAIS

              Jornal de Piracicaba, de 16 de março de 1965 (terça-feira)

              A edição traz, na primeira página, no lado esquerdo, na parte superior, um artigo, de autoria de Losso Netto, intitulado “A ‘Comurba’ precisa falar”.

              JP. 18/03/1965
              M.C CE-E.L.Q-02-JP-28 · Item · 18 de março de 1965
              Part of COLEÇÕES ESPECIAIS

              Jornal de Piracicaba, de 18 de março de 1965 (quinta-feira)

              A edição traz, na primeira página, no lado esquerdo, na parte superior, uma matéria, intitulada “Requisitada perícia do prédio da ‘Comurba’”. Também na primeira página, no centro da folha, há um “Comunicado”, assinado pela Diretoria da “Companhia de Melhoramentos Urbanos – ‘Comurba’”.