Diário de Piracicaba, de 24 de novembro de 1964 (terça-feira)
A capa no jornal “Diário de Piracicaba”, da edição de 24 de novembro de 1964, traz a seguinte notícia referente ao Edifício Luiz de Queiroz: “FIRMA ESPECIALIZADA REALIZA ESTUDOS PARA A RETIRADA DAS LAJES – Técnico informa que não há problema para a execução do trabalho – IPT colheu mais materiais do prédio sinistrado”. Em tal destacam-se os seguintes trechos: “Contudo, o engenheiro da firma Ribeiro Franco compareceu domingo a nossa cidade, tendo feito um levantamento das condições em que se apresentam as lajes (pesando cada uma delas mais de 20 toneladas) (...) O problema se prende, exclusivamente, ao estudo para ser encontrada a melhor formula possível para a execução do trabalho (...) Por outro lado, o dr. Martins Arruda, presidente do inquérito policial sobre o desabamento, ouviu todos os proprietários dos veículos atingidos pelo sinistro. Ouviu também as famílias de Arrighi e Souza”
Na capa, tem-se também matérias não relacionadas com a tragédia do edifício Luiz de Queiroz (Comurba), como: o adiamento da discussão do orçamento municipal, <<habeas corpus>> a Mauro Borges – com a fala do Persistente Castelo Branco: A Democracia será Mantida” e comunicado de falta de água na cidade.
A página 4 traz informação da CAMPANHA DE SOCORRO ÀS VÍTIMAS DA CATÁSTROFE DE 6 DE NOVEMBRO.
Na mesma página 4, uma notícia não relacionada à tragédia traz o seguinte título: VEREADOR ASSIB ELIS MAIQUE FOI DETIDO PELA POLÍCIA DE SÃO PAULO”, que tem os seguintes trechos em destaque: “Ontem, às 13h30, aproximadamente, na praça José Bonifácio, defronte ao Bar Alvorada, o vereador Elias Assib Maique foi detido por dois investigadores da polícia de São Paulo. Por tentar reagir contra a ordem dos policiais, o vereador foi algemado e conduzido para a Delegacia Regional de Polícia (...) Segundo rumores, o vereador teria sido detido por estar envolvido em apropriação indébita ainda, afirmam que o político estava sendo requisitado por IPM em São Paulo, sendo que este último boato corria pelos corredores da Regional de Polícia. (...) Diversas pessoas se encontravam revoltadas pela maneira arbitrária com que agiram pois somente depois de prender o vereador, algemá-lo, e fazer estourar um rififi na Praça José Bonifácio, é que os policiais se dirigiram até a Regional para exibir o ofício do Delegado de Repressão e Vadiagem ordenando a prisão do referido elemento”