Na série "textuais" estão reunidos os documentos (manuscritos), como atas das sessões camarárias, onde registram o processo de formação do Mercado Municipal de Piracicaba, desde as primeiras discussões até a criação de um espaço para abrigar o comércio de diferentes gêneros, em 1858, até a efetiva inauguração do mercado, em 1888.
A coleção especial "Mercado Municipal de Piracicaba" foi criada como forma de rememorar o aniversário de 135 anos do Mercado Municipal de Piracicaba, comemorado no ano de 2023. A coleção é formada por documentos textuais (manuscritos) produzidos pela Câmara Municipal que narram a história de tal lugar, desde as primeiras discussões sobre a criação de um espaço para abrigar o comércio de diferentes gêneros, em 1858, até a efetiva inauguração do mercado, em 1888. Além de documentos iconográficos (fotografias) feitas no ano de 2023, que retratam como está o Mercado Municipal 135 anos depois de sua inauguração. Ressalta-se que o espaço segue sendo usado para a mesma finalidade de sua criação, um espaço de comércio localizado bem ao centro da cidade, e é um patrimônio histórico/cultural tombado pelo decreto nº4.479, de 02 de junho de 1987.
Sans titreCâmara debate em sessão sobre “a necessidade que tem este Município de umas casinhas onde depositem os lavradores seus efeitos para serem postos à venda”. Primeira manifestação, em ata, da necessidade de um local específico para o comércio de mantimentos. Se discutia, de maneira embrionária, sobre esse espaço, trinta anos antes da inauguração do que viria a ser o Mercado Municipal.
Requerimento de Sebastião Ignácio do Amaral Gurgel, “pedindo para estabelecer um pequeno mercado”. Após discussão do requerimento, a Câmara resolveu o seguinte: “Esta Câmara ainda não pode estabelecer mercado sem Regulamento, que não tem”.
Pelo vereador Miguel Antônio Gonçalves de Arruda “foi indicado que se nomeasse uma comissão para dar seu parecer e plano sobre a necessidade que temos de um mercado”.
A Comissão de Obras Públicas deu parecer sobre a indicação do vereador Manoel de Moraes Barros, opinando pela aceitação da indicação. Quanto à escolha do local, a comissão opinou pelo adiamento dessa escolha “para melhor [esmero] da matéria”.
Indicação, do vereador Manoel de Moraes Barros, indicando que a Câmara “delibere a criação de uma praça do mercado, designando o local em que a mesma deve ser colocada, e que sobre esta sua indicação desse parecer a Comissão de Obras Públicas, não só sobre a vantagem da mesma, como da localidade em que deve ser colocada”.
A Comissão de Obras Públicas deu parecer sobre o local para construção do mercado, “sendo a mesma de parecer que fosse escolhido o Largo do Gavião”. O Presidente da Câmara, João Baptista da Rocha Conceição, apresentou à Câmara as “plantas e planos destinados para o edifício do mercado”. Foi aprovado o plano nº 2, do Engenheiro Miguel Assmussen. (O Largo do Gavião é o local onde atualmente encontra-se a Praça Almeida Junior, onde está a Pinacoteca Municipal)
Foram apresentadas duas propostas para construção do mercado. Uma delas sendo do Engenheiro Miguel Assmussen.
O Presidente, João Baptista da Rocha Conceição, deu conhecimento à Câmara que “o Engenheiro Miguel Assmussen fora convidado e ainda não compareceu para assinar o contrato da construção do mercado, o que espera realizar na presente semana”.