A matéria, intitulada “Proposta a extensão da rede de energia elétrica à zona rural”, traz, dentre outros, os seguintes trechos: “Projeto de Lei para a extensão da rede de energia elétrica à zona rural em todo Estado, foi apresentado ontem na Assembleia Legislativa pelo deputado Francisco Salgot Castillon (UDN). (...). O projeto do sr. Salgot Castillon cria ainda o Conselho Estadual de Eletrificação Rural, órgão destinado a receber todos os pedidos de serviço de extensão de energia elétrica à zona rural, inscritos pelos municípios no Serviço Especial de Eletrificação Rural”. À parte o conteúdo referente ao sr. Francisco Salgot Castillon, o jornal trazia referências a outros assuntos. No verso do recorte há um texto, possivelmente o editorial da edição, com o título “Mais respeito”, que abordava aspectos referentes à conjuntura política nacional de então, em especial quanto ao então presidente da República João Goulart. Desse texto, destacam-se os seguintes trechos: “Tem razão o presidente da República: ‘O Brasil que trabalha, o Brasil que vive, o Brasil que palpita, este Brasil está indiferente aos agitadores. Este Brasil está surdo às vozes daqueles que querem quebrar a tranquilidade nacional’. Poderia ter ido além o sr. João Goulart. O verdadeiro Brasil não está propriamente indiferente aos agitadores. Está cansado deles. Está enjoado deles. Está saturado dessas intermináveis tentativas (partidas sempre dos mesmos grupos e pessoas) destinadas a comprometer os nossos esforços para resolver pacificamente os problemas nacionais. A intriga virou profissão. O boato, arma normal de atividade política. O alarmismo, recurso de que tranquilamente se lança mão. Xingar, achincalhar, ameaçar passou a ser norma nas divergências de ordem ideológica. (...). É um extraordinário desserviço à pátria, esse que vem sendo desenvolvido pelos extremados (...)”.
Pelo conteúdo do documento, subentende-se que tenha sido publicado em abril de 1963, pelo jornal Folha de São Paulo, eis que o assunto abordado é o mesmo de uma notícia trazida pelo jornal O Estado de São Paulo no dia 06 de abril de 1963.