Requerimento nº363/1964, de autoria do vereador Cicero Usberti, datado de 23 de novembro de 1964, de repúdio a reportagens de “O Cruzeiro” e da “Manchete” sobre a queda do edifício Comurba. O Requerimento tem a seguinte redação:
“Interpretando o pensamento do povo piracicabano, constrangido pela dolorosa tragédia do Comurba, a Câmara Municipal de Piracicaba, sob a égide de sua autêntica autoridade, através da unanimidade de seus Vereadores, manifesta o repúdio pelas reportagens “A engenharia da Morte”, de “O Cruzeiro” de 20/11/64 e “Os empreiteiros da Morte”, de “A Manchete” de 31 de novembro, pelo sensacionalismo que procuraram dar das tragédias envolvidas pelo desabamento do Edifício “Luiz de Queiroz”, ocorrido em 6 de novembro próximo passado, em Piracicaba, solicitando o decoro da ética jornalística por parte da direção dos referidos órgãos de imprensa. As fotos sobre os bonecos de cera e o texto da reportagem de “O Cruzeiro” causaram às famílias das vítimas e ao povo impressões desagradáveis, como se já não bastassem, em si, os infaustos acontecimentos. O texto de “A Manchete”, que no intuito de criar sensacionalismo envolveu pessoas vivas no rol das infelizes vítimas. Fatos como estes levam a sérias consequências, sobre os quais esta Casa de Leis vem a público manifestar o descontentamento geral do povo de Piracicaba, procurando através deste documento, chamar a responsabilidade dos órgãos de imprensa para que tomes as providências para que os jornalistas Luigi Mamprim, Alberto Helena Junior. J. M. Chaves e D. Ferreira, e Sérgio Jorge e Geraldo Móri, em face das desastrosas e vergonhosas reportagens que não merecem ser publicadas pela forma como as foram divulgadas”
Consta também uma declaração de veto (manuscrita), do vereador Waldemar Romano, com a seguinte redação: “Contrário por ser parcial e não constar todos os órgãos de imprensa que exploraram o acontecimento; outros também foram tendenciosos e exploradores”