O aluno do 1º ano do Ensino Médio do Grupo Modelo anexo à Escola Normal de Piracicaba, João Lacerda Silveira, de 13 anos, foi reiteradamente convidado a discursar na solenidade de 15 de novembro de 1922. João inicia enfatizando a Revolução Francesa. “Após a declaração dos direitos do homem, solenemente declarados pela Revolução Francesa, o ideal de todas as nações civilizadas foi sempre o de atingir a perfeição política, no que diz respeito ás aspirações de liberdade dos povos”. Aos ecos longínquos da Marselheza Revolucionária, a tirania foi sendo refreada nas monarquias constitucionais.
Todas as nações optaram cedo pelo regime republicano, exceto o Brasil que caminhava na vanguarda no terreno das conquistas democráticas. “Esse estímulo sagrado veio a seu tempo.” O ideal republicano amadureceu em todos os espíritos e o patriotismo brasileiro proclamou a 15 de novembro de 1889 o Governo Republicano, cujo progresso foi destaque na América do Sul.
Finaliza ele discorrendo que “A data que hoje festejamos, é, pois, das mais brilhantes que a nossa história política registra...”. (em transcrição livre)
Menção do Diretor da Escola Normal, Honorato Faustino, à auditoria, por ocasião do encerramento dos documentos unidos na caixa. O diretor diz -se encerrar uma caixa com documentos de várias naturezas, coligidos, sobre a existência atual da Escola Normal de Piracicaba e dos institutos de “ensino primário, médio e complementar que lhe são anexos, podendo fornecer á geração futura, uma ideia da organização daquele estabelecimento, de acordo com as leis vigentes, e do grau de maturidade dos seus corpos docente e discente. "Está em nossas instruções que esta documentação somente possa ver de novo a luz do dia daqui a cem anos precisos, no dia, 7 de setembro de 2022, quando se comemorar, o seu segundo centenário da independência do Brasil, nesta grande Pátria...” "Aceitai, pois, á Posterioridade, esta simples, modesta, porém significativa contribuição com que podemos concorrer, para que se não apague na noite dos tempos o vestígio deste monumento histórico de um dos aspectos do progresso do nosso ensino público, nesta formosíssima cidade de Piracicaba..." (em transcrição livre).
Sud Mennucci - Escola NormalTrabalho de Geografia de Ecyra Gracena da Silva, do ano de 1922. O trabalho consiste em uma ilustração do mapa do estado de São Paulo, trazendo nomes de cidades e traçados de rios.
Sud Mennucci - Escola NormalFotografia da fachada principal e lateral esquerda da Escola Normal de Piracicaba. Na fotografia observamos os jardins defronte a fachada e lateral. A escola em estilo neoclássico é rodeada por uma cerca murada e em partes com grades de ferro. Na ponta da calçada existem duas crianças sentadas, e três em pé. Apesar de possuir mastros para bandeiras a ausência das mesmas é visível. Em cima da fotografia existe a seguinte descrição: “ Edifício da Escola Normal de Piracicaba, em 1922. Custou a governo do Estado de São Paulo 525:000$000, fora o mobiliário e aparelhamento escolar. ”. A fotografia possui borda quadrada em coloração acinzentada, e marrom, além do carimbo da empresa fotográfica.
Sud Mennucci - Escola NormalTrabalho de Geografia de Eduardo Augusto Salgado, de 10 de novembro de 1922. O trabalho consiste em uma ilustração do mapa do Brasil, com as devidas divisões geográficas dos estados, trazendo também nomes das respectivas capitais.
Sud Mennucci - Escola NormalPartitura de Eduardo Augusto Salgado, 13 anos, aluno do 1° ano masculino da Escola Complementar de Piracicaba, datada em 10 de novembro de 1922 como 91º Lição do método de Elias Álvares Lobo. Documento composto por melodia e ilustração de uma casa.
Sud Mennucci - Escola NormalTrabalho de Geografia de Edwiges Miranda, no ano de 1922. O trabalho consiste em uma ilustração do mapa da América do Norte, com as seguintes divisões geográficas: Alasca, Canadá, Estados Unidos e México.
Sud Mennucci - Escola NormalBilhete postal denominado “Piracicaba – Engenho Central”. O anverso do postal traz a reprodução da área interna e central do Engenho construído por Estevão Ribeiro de Sousa Rezende, popularmente conhecido como Barão de Rezende em 19 de janeiro de 1881. Aparentemente, a ilustração foi realizada a partir de fotografia, posteriormente colorida.
No reverso do bilhete, há no centro superior as inscrições “Estados Unidos do Brazil”; “Bilhete Postal”; bem como os campos para inserção de dado de “Correspondência”; e “Endereço”, e abaixo destes, de modo a separá-los por uma linha formando assim uma coluna, está inscrito entre esta linha na diagonal “Edição Sacconi”, bem como há linhas para preenchimento destas informações.
Envelope ilustrado do mapa físico da América do Sul. Há 2 cópias deste documento, sendo que este é usado para armazenamento do cartão postal "O Grito do Ipiranga".
Posicionado no anverso, a ilustração existente traz destaque para o Brasil, constando ainda as seguintes inscrições de cima para baixo “Lembrança do 1º Centenário da Independência do Brasil”, abaixo à direita, “7 de Setembro de 1922”; “O Brasil na América do Sul”; “Da Comissão Executiva do Centenário”. No reverso do envelope, há campos de preenchimento como: “Nome do aluno; Escola; Vila, cidade ou município e Estado”. Ainda há inscrições, como: “As crianças brasileiras”; “Respeitando os vossos pais e os vossos mestres amais o Brasil”; “Criança, não verás nenhum país como este; imita na grandeza a terra em que nasceste (Olavo Bilac) e “Qual a palmeira que domina ufana/ Os altos topos da floresta espessa,/ Tal bem presto há de ser, no mundo novo/ O Brasil, bem fadado (José Bonifácio)." (em transcrição livre).
Envelope ilustrado do mapa político da América do Sul. Há 2 cópias deste documento, sendo que este é usado para armazenamento do cartão postal "O Grito do Ipiranga".
Posicionado no anverso, a ilustração existente traz destaque para o Brasil, constando ainda as seguintes inscrições de cima para baixo “Lembrança do Primeiro Centenário da Independência do Brasil”, abaixo à esquerda: “Superfície. 8.485.777 Ks²”; “População 30.000.000 Habitantes"; “O Brasil tem vinte Estados, um Distrito Federal e um Território Nacional”, e abaixo à direita, “7 de Setembro de 1922”; “Comissão Executiva: Alfredo Pinto Vieira de Mello (Ministro da Justiça e Presidente da Comissão), Carlos Sampaio, Antero Pinto de Almeida, João Batista da Costa e Henrique Carneiro Leão Teixeira”. No reverso do envelope, há campos de preenchimento como: “Nome do aluno; Escola; Vila, cidade ou município e Estado”. Ainda há inscrições, como: “As crianças brasileiras”; “Respeitando os vossos pais e os vossos mestres amais o Brasil”; “Criança, não verás nenhum país como este; imita na grandeza a terra em que nasceste (Olavo Bilac). (em transcrição livre).
Na cópia de um dos envelopes dos postais, há uma nota manuscrita do Professor Honorato Faustino de Oliveira, que escreveu: "Distribuído pelo Governo do Estado de São Paulo, aos alunos das escolas públicas, por ocasião do 1º centenário da nossa independência política, 1922." (em transcrição livre).