Inquirição da testemunha, Maria [Rosalina] da Silva. Tem-se as seguintes informações sobre ela (qualificação): Maria [Rosalina] da Silva, 21 anos de idade, casada, natural e residente em Piracicaba.
Ao ser inquirida, a testemunha relatou que: “(...) no dia 24 do corrente as sete horas e meia da manhã indo ela testemunha na casa de Francisca Maria Augusta, ali chegando viu a preta Leocadia alugada* desta que se achava com alguns ferimentos, não sabendo quem foi o autor deles porque não perguntou e nem ouviu dizer” (em transcrição livre
Documento redigido pelo escrivão, José Antônio de Oliveira Silveira e assinado delegado, João Nepomuceno de Souza e por Bernardo de Mello e Silva, a rogo da testemunha, por esta não saber escrever
*O termo “alugada”, provavelmente refere-se a um dos tipos de trabalho escravo existentes no Brasil do século XIX. Os chamados “de aluguel” eram escravizados alugados por seus senhores a terceiros, normalmente para algum ofício específico, como, por exemplo, cozinheiro (a).