Os documentos da subsérie Atas da Comissão Municipal de Defesa Agrícola (1924) - (BR SPCVP CE PCAFÉ AT) – apresentam os registros das atas da Comissão Municipal de Defesa Agrícola, comissão esta formada em 1924, por iniciativa da Câmara Municipal de Piracicaba, para cooperar com o Governo do Estado no combate da praga popularmente conhecida como “broca-do-café”
Sem títuloAta da terceira reunião da Comissão Municipal de Defesa Agrícola. Em tal foram justificadas as ausências dos senhores Ignacio Florencio da Silveira, João Mendes Pereira de Almeida e José Vizioli e também aprovada na ata anterior. Foi participado que os senhores Philipe C. Vasconcellos e José Vizioli realizaram inspeções nas fazendas de Ataliba de Andrade e na Chácara Nazareth e que nelas não havia sido encontrado o inseto “stephanoderes” (1). O professor em entomologia, Raul Duarte, foi convidado a participar da comissão, com passe fornecido por Padua Dias, diretor da Escola Agrícola Luiz de Queiroz. Também foi informado que os senhores Raul Duarte e A. Bortolotti, juntamente com os alunos da Escola Agrícola foram a Tupi, e de lá regressaram com “stephanoderes” que encontraram no Morro Grande. Além disso foi apresentada uma amostra do café, vindo de Campinas, existente na Estação de Tupi e Taquaral, e tal se encontrava carunchado, levando a crer que a infestação da fazenda Morro Grande fosse por esta ter recebido mercadoria e sacas que tiveram contato com esse café. Por isso motivo, a comissão achou prudente pedir ao prefeito que solicitasse uma ordem do Governo para despachar para Santos o quanto antes o referido café. Ata lavrada pelo secretário José de Mello Moraes e assinada por Ignacio F. da Silveira.
(1) Entomologia é a ciência responsável pelo estudo das características físicas, comportamentais e reprodutivas dos insetos
Sem títuloOs documentos da subsérie Ofícios da Comissão Municipal de Defesa Agrícola (1924) - (BR SPCVP CE PCAFÉ OF) – apresentam os registros dos ofícios recebidos e enviados pelas Comissão Municipal de Defesa Agrícola, comissão esta formada em 1924, por iniciativa da Câmara Municipal de Piracicaba, para cooperar com o Governo do Estado no combate da praga popularmente conhecida como “broca-do-café”
Sem títuloOfício do Diretor da Escola Agrícola Luiz de Queiroz (ESALQ), Antônio Padua Dias a Comissão Muncipal de Defesa Agrícola de Piracicaba, em data de 17 de junho de 1924, no qual comunica que os alunos do 2º e 3º ano tem recebido instruções para o reconhecimento do “Stephanoderes” (1).
(1) Popularmente também chamado de Broca-do-café - besouro cuja larva se alimenta das sementes do cafeeiro
Sem títuloMinuta de ofício enviado pela Comissão Municipal de Defesa Agrícola de Piracicaba a Edmundo Navarro de Andrade, membro da Comissão Central de Defesa Agrícola, em data de 17 de junho de 1924, neste é informada a existência de aproximadamente mil cafeeiros abandonados em terrenos nas imediações da Estação Taquaral, pertencentes a Companhia Paulista de Estradas de Ferro e solicitando providencias sobre tal fato
Sem títuloOfício do Diretor da Escola Agrícola Luiz de Queiroz (ESALQ), Antônio Pádua Dias a Comissão Municipal de Defesa Agrícola de Piracicaba, em data de 03 de julho de 1924, em resposta ao ofício de 27 do mês anterior. Neste informa a aprovação do Secretário de Cultura no aproveitamento dos alunos, que se acham devidamente instruídos, no combate da praga do café.
Sem títuloMinuta de ofício, sem data, para o prefeito municipal de Piracicaba, Fernando Febeliano da Costa, no qual é informada a existência da praga “Stephanoderes” na fazenda Morro Grande e que aquele inseto ali apareceu em virtude de cafés infeccionados vindos de Campinas. Alertando também a existência de cafés nas mesmas condições na Estação Taquaral e ao redor das dependências da Estação Paulista.
(1) Popularmente também chamado de Broca-do-café - besouro cuja larva se alimenta das sementes do cafeeiro
Sem títuloAta da reunião promovida pela Câmara de Piracicaba para a cooperação com o Governo do Estado nos trabalhos contra a praga do café, em data de 15 de junho de 1924, ocorrida no Clube Piracicabano, presidida por Sebastião Nogueira de Lima. No documento é informado que em sessão realizada pela edilidade, por indicação do vereador Philippe de Vasconcellos, foi aprovado por unanimidade a ajuda para deliberar o chamado “stephanoderes coffeae” (1). Tiveram a palavra os senhores José de Mello Moares e José Vizioli, que dissertaram sobre a praga e sobre a necessidades de ações conjuntas para combatê-la. Usou a palavra o deputado Samuel de Castro Neves, que primeiramente justificou a ausência de Febeliano da Costa e, em seguida, propôs a criação de uma comissão. Com tal proposta aprovada, foi escolhida, nomeada e empossada a seguinte comissão: Dr. Coriolano Ferraz do Amaral, Dr. Rosario [Averna-Saccá], Dr. José de Mello Moraes, Dr. José Vizioli, Sr. Ignacio Florencio da Silveira, Dr. A. [Bertollotti], Dr. Philippe Westin C. de Vasconcellos, Sr. Antonio Bachi, José Rodrigues da Costa Sobrinho e Sr. João Mendes P. de Almeida. Ainda na reunião, foi concedida a palavra a Phillippe Westin C. de Vasconcellos, que pediu a todos os lavradores de Piracicaba, que mesmo a custa do maior sacrifício, alertassem caso encontrassem a praga em seus cafezais. Foi encerrada a sessão, para a comissão escolhida iniciar a primeira sessão de seus trabalhos. Documento lavrado pelo secretário Thales Castanho de Andrade e assinada pelos presentes.
(1) Popularmente também chamado de Broca-do-café - besouro cuja larva se alimenta das sementes do cafeeiro.
Sem títuloAta da primeira reunião da comissão formada para o combate da praga do café, ocorrida em 15 de junho de 1924, logo após a reunião promovida pela Câmara que nomeou a referida comissão. Na reunião foram eleitos e nomeados o presidente e o secretário, cargo assumidos respectivamente por: Coriolano Ferraz do Amaral e José de Mello Moraes. Documento lavrado pelo secretário e assinado pelos presentes.
Sem títuloAta da reunião da Comissão Municipal de Defesa Agrícola, tendo como presidente Ignácio Florêncio da Silveira e secretário Philipe Westin C. Vasconcelos e faltando os senhores Coriolano Ferraz do Amaral, José de Mello Moraes e José Vizioli. Nesta foi apresentado o doutor Cruz Martins chefe de cultura da Estação de Algodão do Instituto Agronômico, que fora enviado pela Diretoria de Agricultura para verificar a situação dos cafés de Campinas que se achavam nos armazéns das estações da Paulista. Na mesma foi relatado por Averna-Saccá e Alcebíades Bertolotti que estes haviam encontrado o “stephanoderes” (1) na fazenda Taquaral de propriedade de Puglise e Nova Liberia pertencente ao doutor José Machado Santana. Os senhores João Mendes Pereira e Philipe Westin C. Vasconcelos comunicaram que visitaram as propriedades de Adriano Perini com 50.000 cafeeiros, José [Tonisiello] com 45.000, José Camilli com 10.000, Jorge, Kühn com 4.700, Wenceslau Kühn com 10.000, Virgílio[Scavini] com 55.000 e Henrique Zanelli com 80.000, e que foi encontrado somente nesta última um início de ataque pelo stephanoderes, sobre esta questão foi aprovado que se comunicasse ao doutor Adalberti de Queiroz Telles, Diretor da Agricultura sobre a existência desses focos. Na mesma reunião foi aprovada a proposta de se oficiar a Companhia Paulista, pedindo providências sobre os cafeeiros que se achavam abandonados em terrenos de sua propriedade, situados ao lado da Estação do Taquaral. Foram aprovados também as seguintes propostas: solicitar uma sessão extraordinária à Câmara Municipal para se decretarem leis no sentido de ser fiscalizado e reprimido o mal que ataca os cafeeiros e solicitar ao diretor da Escola Agrícola, Pádua Dias, que o início das aulas fossem adiadas, para que os alunos pudessem auxiliar nos trabalhos. Ata lavrada pelo secretário e assinada por Ignácio F. da Silveira.
(1). Popularmente também chamado de Broca-do-café besouro cuja larva se alimenta das sementes do cafeeiro.
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