Abertura do Livro de Leis. Documento assinado pelo presidente da Câmara Sebastião Nogueira Lima.
A coleção especial "Mercado Municipal de Piracicaba" foi criada como forma de rememorar o aniversário de 135 anos do Mercado Municipal de Piracicaba, comemorado no ano de 2023. A coleção é formada por documentos textuais (manuscritos) produzidos pela Câmara Municipal que narram a história de tal lugar, desde as primeiras discussões sobre a criação de um espaço para abrigar o comércio de diferentes gêneros, em 1858, até a efetiva inauguração do mercado, em 1888. Além de documentos iconográficos (fotografias) feitas no ano de 2023, que retratam como está o Mercado Municipal 135 anos depois de sua inauguração. Ressalta-se que o espaço segue sendo usado para a mesma finalidade de sua criação, um espaço de comércio localizado bem ao centro da cidade, e é um patrimônio histórico/cultural tombado pelo decreto nº4.479, de 02 de junho de 1987.
Sans titreAta da reunião de 19 de maio de 1829, onde foi exarado parecer da Comissão encarregada da revisão das contas tomadas ao Procurado. Em sessão, foi deliberada a gratificação anual de 50$000 ao secretário da corporação.
Documento registrado e escrito por Joze Rodrigues de Cerqueira Cezar e assinado por Roza, Canto, Oliveira, Negreiros, Soares, Barros, Ferraz e Silva.
Página do jornal “Piracicaba Hoje”, na seção “Cultura” há a seguinte notícia: “100 anos de Salgot”
Por um período o Jornal de Piracicaba publicou, na seção de “Opinião”, artigos de autoria do seu diretor-proprietário Fortunato Losso Netto. Essas publicações eram feitas como uma forma de celebrar sua memória, eis que se deram décadas após seu falecimento. A edição do dia 10 de abril de 2013 trazia, na página A2, o artigo “O homem certo para o lugar certo”, publicado originalmente em 14 de novembro de 1968, um dia antes das eleições municipais, realizadas no dia 15 de novembro de 1968. No texto, o autor faz uma defesa da candidatura do sr. Francisco Salgot Castillon à Prefeitura Municipal. Salgot tinha sido prefeito no começo da década de 1960 e, em 1968, era deputado estadual. Tentando, então, seu segundo mandato no Executivo Municipal, seria eleito nas eleições em questão. Destacam-se, do artigo, os seguintes trechos: “Estamos com dois candidatos a prefeito: de um lado, um digno comerciante que poderia ser um bom candidato a presidente do XV (...); de outro, em engenheiro sanitarista, que em outra Administração mais do que dobrou a capacidade do serviço de águas, construindo um dos maiores depósitos do Estado de São Paulo e uma caixa elevada na rua XV para 550.000 litros, que levou água tratada a todos os bairros (...); o engenheiro que construiu o emissário de esgotos da Vila Rezende (...), obra de que ninguém tem notícias, ninguém se lembra, porque está debaixo da terra. O mesmo se diga do emissário da Rua do Porto, resolvendo o tão falado e arrastado problema do ‘vesúvio’, que martirizava toda a população ribeirinha. Outra obra enterrada, ninguém a vê, mas a cidade se livrou de um de seus mais sérios focos de endemias. E, assim, poderíamos trazer aqui dezenas de obras do mais alto valor, que atestam a preocupação de Salgot pelos problemas prioritários básicos da comunidade. Mas afinal, quem é esse Salgot? (...). Humilde, simples, despido de vaidade, é uma inteligência privilegiada. Na Assembleia Legislativa, seus méritos foram de imediato reconhecidos pelos seus colegas, que o guidaram à vice-presidência do Palácio 9 de Julho, líder da maioria, membro das mais importantes comissões, um parlamentar respeitado pela sua integridade a toda a prova, que honra o nome de Piracicaba. (...). ...optou por Piracicaba, onde se dedicou desde cedo ao setor habitacional operário, não permitindo, por muitos anos, se formassem favelas, pois oferecia a todos os pobres os seus serviços profissionais gratuitos, para a construção de suas casas. (...) como vereador, colaborou decisivamente para a encampação dos Serviços de Águas; foi o autor do projeto regulamentando os loteamentos, obrigando-os a reservarem áreas ao município; foi o autor também da lei que tanta celeuma levantou, disciplinando as indústrias poluidoras dos rios. (...). Eis aí, rapidamente, quem é Salgot Castillon: um sujeito simples, modesto menino crescido aqui em Rio das Pedras e Piracicaba, mas profissional brilhante, coração sensível às agruras do próximo que sofre. Dizem mesmo que seu único defeito é ser bom demais. Este é, afinal, o homem de que Piracicaba precisa no atual momento: o verdadeiro homem certo, para o lugar certo”. À parte o conteúdo referente ao sr. Francisco Salgot Castillon, o jornal trazia referências a outros assuntos. Na capa, página A1, a manchete era “Políticos e entidades avaliam os 100 dias do governo Ferrato”, em referência ao início do mandato do então prefeito Gabriel Ferrato, cujo administração abarcaria o período 2013-2016. Também na página A1, no meio da folha, há uma chamada para uma matéria, com o título “CEF registra R$ 158 mi de crédito pelo MCMV”, em alusão ao programa de financiamento habitacional promovido pelo governo federal da época. Na página A8, no topo da folha, há uma matéria intitulada “Ruas foram alvos de cobranças na Câmara”, reportando que “vereadores pediram melhorias à prefeitura em bairros onde foram registradas quatro mortes no trânsito”. A edição traz ainda demais notícias, artigos, anúncios comerciais e profissionais e obituário.
Recorte do jornal “Gazeta de Piracicaba”, que traz a seguinte reportagem: “Patrimônio Histórico e Cultural – Na Armando de Salles – Primeiro edifício da avenida central é o personagem da série desse domingo”. De acordo com a notícia, [...]”O condomínio, que o personagem desse domingo da série semanal sobre Patrimônios Histórico e Cultural de Piracicaba, foi tombado pelo Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba), em 2004. “O edifício foi construído em 1948 e projetado pelo ex-prefeito, o engenheiro Francisco Salgot Castillon”.
Na capa do jornal há uma foto de Sérgio, Ladice e Lídice Salgot Salgot segurando um quadro com os seguintes dizeres: “Especialmente à Dª Ladíce e filhos Cassaram o político, permanece o homem digno e honrado. Do amigo de sempre Severino Galdi”. E, na seção Movimento, há uma foto de Ladice e seu filhos com o escrito acima “Veia política” e na página seguinte a reportagem: “As marcas de Salgot Castillon”.
Fragmento do Jornal de Piracicaba, na seção “Opinião há um texto escrito por Severino Galdi, intitulado como: “Ser prefeito municipal”.
Recorte de página do Jornal de Piracicaba, mais especificamente da capa do caderno “Movimento”, que traz a matéria intitulada “Parque do Mirante reserva história e memória”, em referência ao parque cuja estrutura passou por grande reformulação no início da década de 1960, sob a administração do sr. Francisco Salgot Castillon. Dessa matéria, destacam-se os seguintes trechos: “Entre os anos de 1906 e 1907, o Barão de Rezende (...) construiu um belvedere no local. (...) em 1932, o Mirante foi remodelado durante a gestão do Cel. Fernando Febeliano da Costa, quando foram refeitos os passeios e espalhadas mesas para piqueniques. Em 1955, ele foi demolido para dar início a obra arquitetônica, inaugurada no dia 1º de agosto de 1962 (...). O presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba, Haldumont Nobre Ferraz, fala que a obra foi do prefeito da época, Salgot Castillon, que em um ano de governo começou várias obras no município. ‘O novo Mirante e o restaurante atraíam muitos turistas. Salgot estruturou o local para o turismo’”. À parte o conteúdo referente ao sr. Francisco Salgot Castillon, o jornal trazia referências a outros assuntos. No verso do recorte, ainda na seção “Movimento”, no lado esquerdo, na parte inferior da folha, há uma publicação que refletia a forma como se consumia música na época: um quadrante com uma listagem informando “Os cinco CDs mais vendidos”. Era o auge dos CDs. Quem quisesse ouvir suas músicas prediletas, tinha que ir até uma loja física e comprar o CD. A publicação traz os nomes de três extintas lojas especializadas na venda de CDs: “Laser Express”, “A Musical” e “Sky Blue”. “A Musical” chegou a ter mais de uma unidade e sua existência antecede o advento do CD, vindo de um período que comercializava discos de vinil, os LPs, e fitas K7. A “Laser Express” surgiu em meados da década de 1990, juntamente e justamente com a popularização dos CDs. A “Laser”, como era conhecida, abriu suas portas unicamente com o objetivo de trabalhar com um só produto: os CDs, os quais ela vendia e alugava. Contando com profissionais com profundo conhecimento musical, por longo tempo foi a principal loja de CDs de Piracicaba. O recorte traz ainda resenhas de livros e uma subseção intitulada “O que eles estão lendo”, onde se destaca a menção ao sr. Haldumont Nobre Ferraz, vereador na legislatura 1973-1976, eminente historiador e então presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba, cuja leitura, à época, era o livro “A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis”, de Lilia Moritz Schwarcz.